O impasse entre a Sanepar e os sindicatos de Londrina e Maringá que representam os trabalhadores ainda não chegou ao fim. Os dois órgãos não aceitaram a proposta de reajuste oferecida pela empresa e estão esperando o dissídio coletivo ou que a empresa apresente uma nova proposta. Já o diretor comercial da Sanepar, Natálio Stica, acredita que há possibilidade de as entidades voltarem atrás.
Dos 18 sindicatos que representam os trabalhadores, esses dois não aceitaram o reajuste. Ontem à noite os funcionários da Sanepar em Londrina participaram de uma assembléia. Stica tinha esperança de que eles aceitassem o reajuste de 3,12%, mais o aumento de R$ 55 linear para todas as categorias. ?Há uma pressão dos trabalhadores para isso em cima do sindicato?, revelou.
No entanto, o presidente do Sindicato de Água e Esgoto de Londrina e Região, Alexandre Schmerega, disse que a reunião seria apenas para informar os trabalhadores sobre a situação, o desconto dos nove dias parados exigidos pelo governador Roberto Requião e que, provavelmente, a negociação seguiria o caminho judicial.
O presidente do sindicato da categoria em Maringá, Césio Silva Cezario, disse também que os funcionários não aceitaram a proposta e esperam uma decisão através do dissídio, mas se não terminar até o fim do mês, pensam em convocar uma assembléia para decidir se retomam a greve. Além disso, tinham esperança que o governo formulasse uma nova proposta.
Segundo Stica, por enquanto, o dissídio está parado porque a empresa acha que os sindicatos ainda podem voltar atrás. Os demais trabalhadores dos 16 sindicatos que já assinaram o acordo recebem o aumento já no próximo mês. Os demais apenas o reajuste da inflação.
Os funcionários iniciaram a negociação salarial pedindo um reajuste de 20%. Mas a Sanepar ofereceu apenas a inflação. Os trabalhadores entraram em greve e a empresa formalizou duas novas propostas, ambas recusadas pela categoria. A maioria só resolveu voltar atrás depois que a Sanepar protocolou um pedido de dissídio coletivo no Ministério Público do Trabalho (MPT), deixando que a decisão ficasse a cargo da Justiça, além de retirar a última proposta apresentada. Esta semana, Requião se reuniu com a direção da Sanepar e, na condição de representante do maior acionista, autorizou a diretoria a manter a proposta do acordo coletivo de trabalho, mas exigiu o desconto dos dias parados.
