A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) confirmou nesta terça-feira (25), que fará o reajuste anual de 9,62% em suas tarifas de água e esgoto, a partir de 31 de outubro. O aumento foi homologado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar), que informou que o último reajuste tarifário ocorreu há 18 meses, em abril de 2019. Segundo a Sanepar, o novo índice será aplicado de forma proporcional durante o mês de novembro e só terá impacto integral a partir de dezembro de 2020.
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Ainda de acordo com a empresa, o reajuste repõe custos da Sanepar com energia elétrica, pessoal, produtos químicos nos tratamentos de água e de esgoto, manutenção e operação de redes, estações e equipamentos e faz frente aos investimentos da companhia.
“A metodologia tarifária dos serviços de saneamento no Paraná prevê reajuste anual para correção monetária do valor da tarifa (equilíbrio econômico e financeiro), conforme as normas legais, regulamentares e contratuais, tendo como objetivo atender ao interesse público”, afirmou a Sanepar, por meio de nota.
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Sobre a situação atual dos consumidores brasileiros, que enfrentam dificuldades econômicas impostas pela pandemia do novo coronavírus, a empresa afirmou que “o último pedido de reajuste foi encaminhado à Agepar há seis meses, em fevereiro deste ano, e deveria ter sido homologado em abril, com entrada em vigor a partir de maio. A Agência Reguladora postergou o reajuste tarifário durante esse período devido à pandemia do coronavírus”.
Sem redução na conta
Questionada pela Tribuna do Paraná sobre o valor das contas do consumidores, que não têm apresentado redução nem mesmo com os muitos dias sem água, durante o rodízio no abastecimento em Curitiba e região, a Sanepar informou que dependendo da faixa de consumo, o consumidor, de fato, não sente diferença na conta.
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“Por exemplo, na faixa de consumo entre 6 e 10 m³, o valor de 1 m³ (mil litros) é R$ 1,20. Portanto, se a pessoa reduzir em 2 mil litros o consumo, o impacto na conta será de R$ 2,40. Se o consumidor estiver na faixa de até 5 m³, não há variação no valor, porque esta é a tarifa mínima”, esclarece a Sanepar.
Ar nos canos
Outro assunto que costuma criar dúvida entre os consumidores, é a possível presença de ar nos canos da rede da Sanepar, que poderia levar a um aumento nas contas, com passagem do ar sendo cobrada como consumo de água.
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“Com relação ao ‘ar na rede’, a Sanepar instala macro-ventosas ao longo da rede de distribuição justamente para retirar ar nos pontos mais vulneráveis, portanto, não há cobrança de ar do consumidor”, informa a companhia.