O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana promete realizar amanhã protesto nos oito campi do Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade), em Curitiba. A manifestação é contra o suposto atraso de salário dos professores e a redução da hora-aula, de R$ 30 para R$ 23. A reitoria, através da assessoria de imprensa, nega as denúncias.
Segundo Valdir Perrini, vice-presidente do Sindicato, os professores teriam recebido o salário no último dia 6, através de cheque pré-datado para o dia 8 de março. “Consideradas inúmeras denúncias, resolvemos fazer o movimento Dia do Depósito, para que todas as pessoas depositem os cheques no próximo dia 19”, explicou Perrini. Segundo ele, o Sindicato tentou fazer na sexta-feira pela manhã mobilização na sede da Uniandrade, no bairro Santa Quitéria. “Fomos recebidos por seis seguranças armados, que nos expulsaram da Universidade”, contou. Segundo ele, outra reclamação seria contra a redução da hora-aula, de R$ 30 para R$ 23.
Perrini informou, ainda, que o Sindicato já contratou o serviço de uma empresa de segurança privada, que deverá acompanhar a manifestação na segunda-feira. “Também já avisamos a Polícia Militar, para evitar qualquer confronto”, disse. Atuam na Uniandrade mais de 500 professores, e o salário varia entre R$ 500 e R$ 3 mil, segundo Perrini.
Reitoria nega
A reitoria do Centro Universidade, através da assessoria de imprensa, negou as denúncias. Segundo a assessoria, os salários foram pagos no início desta semana, mas não com cheques pré-datados para março. “Os cheques podem ser descontados, e os professores que tiverem algum problema poderão vir à reitoria”, informou. A assessoria negou ainda a presença de seguranças armados na unidade e informou que a hora-aula não sofreu redução. “É mais um blefe do Sindicato”, disse a assessoria, acrescentando que o reitor José Campos de Andrade não reconhece a entidade como legítima.
