O salário mínimo regional foi reajustado em 12,69% e já está valendo para o próximo pagamento de cerca de 700 mil trabalhadores que não têm acordo coletivo no Paraná. O índice representa aumento real de 5,1% mais a reposição da inflação nos últimos 12 meses (7,22%). O governador Beto Richa sancionou a lei que reajustou o piso durante da Festa do 1.º de Maio Solidário, ontem, no Centro Cívico.
O salário mínimo regional para trabalhadores em atividades agropecuárias, florestais e de pesca saiu de R$ 783,20 para R$ 882,59. Os empregados em serviços administrativos, domésticos e gerais, além de vendedores, trabalhadores de reparação e manutenção passam a receber R$ 914,82 (contra os R$ 811,80). O piso para empregados em produção de bens e serviços industriais vai de R$ 842,60 para R$ 949,53. Os trabalhadores técnicos de nível médio vão ganhar R$ 1.018,94. Antes o piso para a categoria era de R$ 904,20.
Richa ressaltou que o salário mínimo regional paranaense é o maior do País e que o Estado é um dos que mais geram emprego. Foram 214.169 vagas com carteira assinada nos últimos dois anos. “Estamos em novo ciclo industrial, na contramão da desaceleração da economia nacional”, salientou Richa.
Direitos
A Festa de 1º de Maio marcou a comemoração do Dia do Trabalho com atividades recreativas, show e o sorteio de prêmios. Também foi o momento de relembrar os 70 anos da criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que garantem os direitos dos trabalhadores. “Temos bons direitos, mais ainda há muitos trabalhadores contratados sem carteira assinada ou em situação similar à escravidão. Não adianta ter boas leis se não forem respeitadas”, comentou Nelson Silva de Souza, da Força Sindical do Paraná. De acordo com o sindicalista, as três esferas de governo precisam reforçar a fiscalização dos direitos dos trabalhadores.
Prêmio motiva participação
Diversão com a família também foi o objetivo de muitos trabalhadores que prestigiaram a Festa 1.º de Maio Solidário, promovida pela Força Sindical do Paraná no Centro Cívico. “A gente vem mais pela criançada, em vez de ficar em casa”, comenta o policial militar Nelson Borodiak, que levou para a festa a mãe, a filha e o sobrinho. “Vale a descontração. Ainda mais se tem a motivação de poder ganhar prêmio”, afirma o motorista Ademir Freitas.
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