Sacolinhas de supermercado continuam as mesmas

Os estabelecimentos comerciais do Paraná não precisarão trocar as sacolas entregues atualmente aos consumidores por outras, fabricadas exclusivamente com materiais biodegradáveis derivadas de fontes naturais renováveis. O projeto de lei que previa a substituição foi vetado recentemente pelo governador Beto Richa (PSDB). A decisão foi publicada no Diário Oficial do último dia 23. Desta forma, os estabelecimentos comerciais não terão necessidade de se adequar às exigências da lei e as sacolas continuam as mesmas.

Para o governador, o projeto “é contrário ao interesse público”, pois “gera no imaginário das pessoas a falsa ideia de que as novas embalagens poderiam ser descartadas sem qualquer dano ao meio ambiente, o que não é verdade”. Outro argumento utilizado por ele para o veto é o fato de o custo para adequação dos estabelecimentos ser muito alto, o que acabaria ocasionando aumento nos preços dos produtos vendidos por eles.

“Os estabelecimentos comerciais provavel¬mente não irão arcar com mais esse custo, repassando este aumento ao consumidor”, justificou no veto. Em entrevista à Tribuna na época da aprovação do projeto na Assembleia Legislativa, o presidente da Associação Paranaense dos Supermercados (Apras) e presidente da rede Condor, Pedro Joanir Zonta, já tinha adiantado que os consumidores poderiam ter que arcar com os custos da substituição das sacolas. “Cada sacola biodegradável custa em torno de R$ 0,60, o que faria os produtos subirem 6 a 7% ao consumidor”, informou. O preço de cada sacola distribuída atualmente é de R$ 0,035.

 

 

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