Perto de 100 pessoas participaram nesta quinta-feira (19) de uma reunião para discutir o fechamento de uma quadra da Rua São Francisco, entre as ruas Riachuelo e Presidente Farias, proposta apresentada por um grupo de cicloativistas de Curitiba. A reunião, realizada pela manhã no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem, foi convocada pela Prefeitura e teve a participação de moradores, comerciantes e representantes de entidades da sociedade civil. As sugestões e questionamentos apresentados serão analisados e um novo encontro será marcado.
O administrador da Regional Matriz, Mauricio Figueiredo, coordenou o encontro, que deu a moradores, comerciantes e representantes de associações de moradores e de cicloativistas a oportunidade de se manifestarem sobre a proposta apresentada.
“Seguindo a determinação do prefeito Gustavo Fruet, estamos conversando cada vez mais com a população curitibana. A reunião foi muito positiva, as pessoas expressaram suas opiniões e foram ouvidas pelo corpo técnico da Prefeitura. Vamos verificar todas as possibilidades técnicas para depois apresentarmos uma proposta de ação para ser aprovada pela comunidade. Temos que resguardar o direito de todos”, afirma Figueiredo.
Yasmim Reck, coordenadora-geral do movimento CicloIguaçu (entidade proponente do fechamento da quadra da São Francisco), disse que a abertura da rua apenas para pedestres segue uma tendência adotada em diversos países, priorizando o pedestre, o ciclista e o transporte coletivo nas regiões centrais das cidades. “O fechamento da São Francisco para carros seria um primeiro passo e uma vitória das pessoas que procuram uma cidade mais humana. A rua já tem sido ocupada pela população à noite. E o poder público pode pensar outras atividades para o período diurno, como a realização de feiras e de atividades culturais e esportivas”, afirma.
Segundo o presidente da Associação de Moradores da Rua São Francisco, Cláudio Márcio, a aglomeração de pessoas na região durante a noite tem preocupado a comunidade. “Quem mora na Rua São Francisco muitas vezes não consegue ter acesso tranquilo ao seu imóvel. A discussão é importante e queremos encontrar o que é o melhor para cidade, para que todos saiam ganhando e sejam atendidos, e para que não tenhamos nada imposto. A rua é um espaço público e tem que ser usada pela população, mas não se pode cercear o direito de ir e vir de ninguém”, afirma.
“Ouvir a comunidade nesses temas é uma postura democrática da Prefeitura. Concordo com o fechamento, pois acho que a região ficará bem menos violenta, permitindo um melhor acesso a todos”, diz o comerciante João Rios.
Outros questionamentos feitos durante o encontro foi a definição – em caso de fechamento da rua – de horários para passagem de caminhões que precisem entregar cargas, ou ainda vans que transportam alunos de educação especial em uma escola próxima. Todos os questionamentos serão estudados pela Prefeitura de Curitiba, que organizará uma nova reunião, ainda sem data marcada, para definir, em conjunto com a comunidade local, como ficará a mobilidade na Rua São Francisco.
O encontro também teve a presença da secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli, do presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, do diretor da Guarda Municipal, Claudio Frederico de Carvalho, do vereador José Carlos Chicarelli, e de representantes das secretarias municipais de Trânsito, Urbanismo, Meio Ambiente e Abastecimento, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
Com informações da Prefeitura de Curitiba.