Estudantes e funcionários dos três estabelecimentos de ensino localizados nas redondezas da Rua das Flores, no bairro São Dimas, em Colombo, estão revoltados com a falta de sinalização de trânsito na região. Na localidade estão situados o Colégio Estadual Vinícius de Moraes, a Escola Municipal Parque Monte Castelo e o Centro Municipal de Ensino Infantil (CMEI) Chapeuzinho Vermelho. No total, 2 mil crianças circulam por dia na região. Apesar de o Código Brasileiro de Trânsito exigir sinalizações específicas em áreas escolares, na localidade não há um placa que indique a presença das escolas e da circulação de crianças.

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Na semana passada, um atropelamento chocou a comunidade. Na última quinta-feira, um automóvel desgovernado, conduzido por um motorista alcoolizado, atropelou três crianças e um adulto na esquina entre as ruas das Flores e das Gérberas. “Trabalho aqui na região há pouco mais de um ano e sempre foi muito perigoso esse cruzamento. A cena do atropelamento foi horrível, uma criança ficou embaixo do carro e os vizinhos tiveram que levantar o veículo na mão”, conta Márcia Gonçalves, auxiliar de serviços gerais do CMEI Chapeuzinho Vermelho.

Gerson Klaina
Nilton Eduardo Gomes: uma idosa escorregou e quebrou o pé.

Márcia ainda diz que em horários de saída das escolas a situação fica complicada na região, pois há circulação intensa de carros e pedestres. “Chega por volta do meio dia, tem muito carro estacionado por causa dos pais que vêm buscar seus filhos e não tem vaga para parar. Também não há nenhuma sinalização que é área de escola, nem lombadas”, reclama a funcionária.

O inspetor do Colégio Estadual Vinícius de Moraes, Nilton Eduardo Gomes, trabalha no local há 12 anos e revela que a situação sempre complicada nas ruas da região. “Nunca teve uma placa de área escolar e nem uma lombada. Calçada não existe. O piso é de antipó, mas está muito mal cuidado. Tem muita poeira e os carros quando aceleram não conseguem frear, pois o piso não segura o carro. Daí acontece casos como da semana passada. Não sei com ainda não aconteceu coisa pior”, ressalta Gomes.

Gerson Klaina
Márcia Gonçalves: vizinhos tiveram que tirar criança embaixo do carro.
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Ele ainda diz que a falta de calçada faz com que aconteçam acidentes piores. “De vez em quando as pessoas acabam escorregando no antipó. Como é descida, não tem como segurar. No mês passado uma idosa escorregou e acabou quebrando o pé. Nós aqui do colégio já tentamos pedir melhorias da rua pra prefeitura, mas nunca aconteceu nada”, lamenta o inspetor.

Promessas de melhorias

Por meio de nota, a prefeitura de Colombo informou que as secretarias de Obras do Planejamento estiveram presentes ontem no local e definiram que irão realizar melhorias nas calçadas e sinalização da região. O texto ainda diz que administração municipal lamenta o ocorrido e se solidariza com as famílias colocando-se a disposição e alega que este caso foi atípico em função do motorista estar alcoolizado.

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