Roubo de cabos deixa viaduto no escuro, de novo

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Prefeitura gastou R$ 250 mil
para repor os 20 mil metros
de cabos furtados no ano.

O viaduto do Hauer, na Avenida Marechal Floriano Peixoto sobre a BR-476 (antiga BR-116), em Curitiba, ficou no escuro pela terceira vez neste mês. Depois dos casos de vandalismo registrados nos dias 5 e 11 de novembro, a equipe do departamento de iluminação pública da Prefeitura foi novamente acionada na manhã de ontem para verificar por que o viaduto estava às escuras à noite.

Mais uma vez, os técnicos constataram o roubo de cabos que passam por baixo do piso do viaduto – a exemplo do que já havia acontecido nas duas outras vezes que a Prefeitura foi acionada por moradores que telefonaram para a central 156.

Desde janeiro, a Prefeitura já registrou o furto de cerca de 20 mil metros de cabos de alimentação da rede de iluminação pública. Foram gastos R$ 250 mil nesse período para fazer a reposição do material. Entre os locais atingidos recentemente, estão o Parque do Atuba, o Parque Tingüi e diversos pontos da BR-476.

No final de semana, na madrugada do dia 21, o alvo dos ladrões foi o viaduto do Capanema, que passa ao lado dos Moinhos Anaconda e liga a Rua Ubaldino do Amaral à Avenida Omar Sabbag. Toda a fiação subterrânea dos dois lados da pista foi retirada, num total de mil metros de cabos.

O departamento de iluminação pública registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Furtos e Roubos para que a polícia investigue os casos, que estão se tornando cada vez mais freqüentes. O diretor de iluminação pública, Eduardo Aichinger, afirma que é necessário que a polícia investigue quem são os receptadores do material. "Esses cabos são feitos de material nobre, como cobre, alumínio e aço, mas depois de arrebentados só servem para sucata. É preciso encontrar os locais onde esse material pode ser comprado", explica Aichinger. "O que a Prefeitura pode fazer – e vai fazer – é desistir dos cabos subterrâneos no viaduto do Hauer. Os cabos aéreos não são a melhor opção visual, mas dificultam a ação dos vândalos", afirma.

O diretor conta que essa providência já foi tomada há cerca três anos no viaduto do Colorado, no Rebouças. "Os cabos em forma de varal não são uma paisagem bonita, mas infelizmente são a única saída para diminuir o problema dos roubos", explica Aichinger.

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