Durante o verão, quem precisa utilizar a PR-412, estrada que liga o município de Matinhos a Pontal do Paraná (Praia de Leste), sabe bem o que é ficar preso nas imensas filas que se formam na rodovia.

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E o excesso de tráfego neste local também afeta os comerciantes e moradores da região, que têm grandes dificuldades para atravessar de um lado para outro. Quem trabalha com entregas leva horas para fazer determinados trajetos.

Sem falar que os comerciantes perdem clientes, já que muita gente nem se arrisca para enfrentar as filas. Porém, um projeto da Secretaria Estadual de Transportes e do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) prevê a construção de marginais na PR-412, o que pode amenizar o tráfego intenso na região.

A reportagem tentou conversar com representantes da secretaria e do DER durante toda a semana, mas não obteve retorno da assessoria de imprensa. Portanto, ainda não se sabe quando e como a obra vai iniciar, e nem o valor que deverá ser destinado para os trabalhos.

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Apenas algumas placas ao longo da rodovia anunciam que a obra vai ocorrer. No entanto, comerciantes e moradores da região estão confiantes pois, para eles, a construção das marginais será benéfica.

A comerciante Josiane Savzyn, cuja família possui uma loja de móveis na PR-412, diz que não vê a hora da obra estar concluída. “Meu pai leva quase o dia todo para ir ao balneário de Shangrilá e voltar na época de temporada. Se houver a marginal acredito que o trânsito vai fluir melhor e ele vai economizar tempo”, comenta Josiane.

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Pontos

A proprietária de um salão de beleza localizado na rodovia, Carlota Kawers, diz que seria ótimo que as marginais fossem concluídas pois, segundo ela, até agora só foi realizada uma limpeza na região, que não mudou muita coisa. Para ela, não basta fazer o asfalto: é preciso revitalizar a PR-412.

“Hoje não tem nem ponto de ônibus aqui. As pessoas, inclusive idosas e com crianças, esperam debaixo do sol, um absurdo. Eles têm que fazer o asfalto, mas também construir casinhas para o ponto de ônibus”, reclama.

Ela relata ainda que os motoristas não param para ninguém atravessar, até quando forma fila de carros. “A gente tenta atravessar na lombada, mas nem assim eles param”, afirmou.

Benéfica

A proprietária de uma outra loja da região, Josiane Batista, acredita que a construção de marginais será boa para todo mundo. “Boa para o motorista porque o trânsito vai fluir melhor, boa para o veranista que não fica preso nas filas e boa para o comércio, pois do jeito que está as pessoas desistem de vir aqui”, observou.

Eliane Guimarães, sócia de Josiane, compartilha da opinião de Carlota. “Não adianta só a marginal. A praça aqui em frente está em estado crítico. Quando chove, alaga inteira e nós temos que fazer um desvio enorme a pé para poder voltar para casa, pois não dá para passar dentro da água”, reclama.