Quem deixa Curitiba pela Rodoferroviária para curtir o Carnaval em cidades do Oeste e Norte do Paraná ou ainda em São Paulo e no Rio recebe um informativo sobre a dengue. Como estes locais apresentam números significativos de casos da patologia, a idéia é fazer com que as pessoas se previnam contra a doença. A iniciativa é da Prefeitura, que também está distribuindo 50 mil preservativos. O Paraná registrou, no boletim desta semana, 715 casos de dengue ? 362 deles em Londrina.
Neste feriado de Carnaval serão entregues aos passageiros entre 30 e 40 mil folhetos. Nele, os passageiros encontrarão cuidados que devem adotar para evitar o contágio, como o uso de repelente. Vão aprender ainda as características do mosquito e como é o ambiente ideal para a sua reprodução. O sistema de som da Rodoferroviária de 15 em 15 minutos vai apresentar chamadas com dicas sobre o assunto.
Em Curitiba, no ano passado, foram registrados 148 casos importados da doença. Já este ano os números são bem menores: apenas oitos importados até agora e nenhum autóctone (contraído na própria cidade). Mas na cidade existem 14 focos do mosquito que são monitorados pela Secretaria Municipal da Saúde.
Como às vezes pode ser difícil evitar o contágio a coordenadora do programa de Dengue da Prefeitura de Curitiba, Márcia Saad, diz que as pessoas precisam ficar atentas aos sintomas, que provavelmente só vão aparecer na volta da viagem, já que há um período de incubação da doença. Márcia explica que um dos sintomas do problema é a dor de cabeça e as pessoas acabam tomando remédios à base de ácido acetilsalicílico, como a Aspirina e o AAS. A ingestão deste medicamento acaba agravando o quadro da doença. O ideal antes de se medicar é procurar ajuda médica. Além da dor de cabeça, dores nas articulações e manchas vermelhas pelo corpo são outros sinais da doença.
Alessandra Veloso, de 32 anos, estava comprando ontem passagem para ir para Mandaguari, região de Londrina, nem sabia do problema na região. “A melhor coisa para combater o mosquito é a informação”, explicou.
No Paraná, as cidades onde a doença está mais disseminada são Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá, Londrina, Cambé, Ibiporã, e Assis Chateaubriand. Em São Paulo, a capital e as cidades de Itapevi, Jandira, Guararapes, Araçatuba, Pacaembu, Paraguaçu Paulista, Ribeirão Preto, Campinas, Marília e Assis; no Rio, a capital.