A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) discutiu ontem, em Pinhais, a possível efetivação do consórcio metropolitano, que contemplaria maior autonomia e poder de decisão às prefeituras nas questões relacionadas ao transporte urbano. O assunto, pauta do primeiro Fórum de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana, é importante para a entidade no sentido de que possibilitaria, na prática, maior controle sobre itinerários, locais de instalação de terminais e pontos de ônibus, além da quantidade de carros disponibilizados aos usuários da RMC.
O consórcio pleiteado pela Assomec e que leva o aval da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) vem sendo apreciado com mais veemência desde que começaram as discussões para renovação do contrato entre Urbs e Comec do transporte integrado, o que aconteceu este mês. Na prática, porém, o consórcio ainda não saiu do campo das possibilidades.
De acordo com o presidente da Assomec e prefeito de Fazenda Rio Grande, Antônio Wandscheer, essa participação é necessária no sentido de dividir a gestão do sistema, hoje concentrada da Urbs, que gerencia o transporte como um todo. ?Cada município deve ter sua parcela de decisão nos projetos do transporte e a execução fica por conta da Urbs?, explica.
De acordo com o prefeito, os municípios da região de Curitiba esbarram no planejamento econômico do órgão para efetivar ações como aumento do número de linhas, ônibus e pontos de parada. ?Com o consórcio, estudos de viabilidade técnica e decisões políticas terão de andar lado a lado?, projeta.
O presidente da Urbs, Paulo Schmidt, diz apoiar a formação do consórcio. ?Temos pensado o transporte de Curitiba não mais de forma isolada. Todas as alterações privilegiam e levam em conta a rede integrada. Fico otimista com a discussão do consórcio, que aponta para um novo modelo institucional de gestão. Isso é o que nos ocupará nos próximos 15 meses?, diz, referindo-se ao prazo em que deve ser renovado o contrato Urbs/Comec.