E agora?

RMC poderá pagar mais caro pelo sistema de transporte coletivo

O governo do Paraná anunciou no final da tarde desta sexta-feira (30) que não irá renovar o convênio que mantém a Rede Integrada de Transporte (RIT) entre Curitiba e cidades da região metropolitana. O fim do convênio, que começou na década de 1980, marca também o fim do atual modelo de transporte coletivo.

14 municípios fazem parte da RIT, ou seja, mais de 2,2 milhões de passageiros são beneficiados pelo sistema. A cooperação entre o governador Beto Richa e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, previa o repasse mensal de R$ 7,5 milhões para manter a integração. Nos últimos meses, Richa havia falhado com o repasse, acumulando uma dívida de R$ 16,5 milhões.

O Coordenador da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Omar Akel, em entrevista ao jornal Gazeta do povo, afirmou que tentou negociar com a prefeitura de Curitiba para fosse estabelecida uma tarifa equilibrada, mas que a equipe da capital teria negado a proposta. “Comunicamos que ela (a prefeitura) não precisa aguardar nada da nossa parte e pode divulgar a tarifa de Curitiba”, desabafou Akel.

Tarifa técnica

Fruet iria anunciar nesta sexta o novo valor da tarifa técnica, mas decidiu de última adiar os novos preços à espera de um novo enlace com o governo estadual. O que não aconteceu. Atualmente, o preço de operação do sistema de transporte de Curitiba e região metropolitana está em R$ 3,18, sendo que a passagem custa R$ 2,85.

A bomba sobre o déficit do atual modelo de gestão do transporte coletivo teve seu ápice nesta semana, quando motoristas e cobradores deflagram greve geral por não receber o adiantamento salarial. Segundo as empresas que operam o sistema, a inadimplência seria decorrência da falta de repasse do governo estadual.

Negociação?

De acordo com nota, o governado do estado afirma que propôs à Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) “manutenção do sistema integrado, com equilíbrio financeiro, assumindo cada uma das partes 50% de eventuais déficits” e que tem a “firme disposição de manter a integração do sistema de transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, com tarifa única, uma conquista social da população”.

A Comec aguarda que a prefeitura de Curitiba anuncie a nova tarifa técnica para que os estudos referentes às 14 cidades que faziam parte da RIT sejam concluídos.

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