O ritmo da devastação da Mata Atlântica do Paraná vem diminuindo. Só que o Estado ainda figura entre os locais que mais desmata o bioma. Restam apenas 10,52% da cobertura original de Mata Atlântica no Paraná. Entre 2008 e 2010, a agressão ficou evidente na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Dos cinco municípios paranaenses que mais desmataram, três estão no entorno da capital. Os dados são do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, elaborado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Além do Paraná, os campeões do desmatamento são Minas Gerais e Santa Catarina. O desflorestamento no período analisado, nos 9 estados brasileiros estudados, chega a 20.867 hectares. A área é equivalente à metade do município de Curitiba. Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo são locais considerados críticos por abrigarem mais remanescentes florestais e estarem sujeitos a grandes desmatamentos.

No Paraná, um dos dados que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi o avanço do desmatamento na RMC. Uma das possibilidades para explicar o que acontece é a expansão urbana. No bioma Mata Atlântica, em todo o País, moram 112 milhões pessoas, o equivalente a 61% da população brasileira. São 3.222 municípios dentro da área de cobertura da Mata Atlântica. “Nossa meta de desmatamento zero está ainda muito longe. Mas estamos comemorando as quedas”, afirmou Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica. Houve uma redução geral de 21% no ritmo de desmatamento do bioma nos estados analisados pelo relatório.

Segundo Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da fundação, o Paraná é historicamente um lugar de resistência à Lei da Mata Atlântica (n.º 11.428/2006). Algumas áreas do Estado não são consideradas como Mata Atlântica por entidades paranaenses, mas estão previstas na legislação federal.

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Entre as principais estratégias destacadas na contribuição para um menor desmatamento estão a criação de unidades de conservação, de reservas particulares de patrimônio natural e fiscalização.