O Paraná corre o risco de enfrentar uma nova epidemia de dengue hemorrágica, como aconteceu em 2003 e 2006. Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que os três tipos de vírus (DEN1, DEN2 e DEN3) estão circulando no Paraná.
Pessoas que já foram contaminadas por um dos três vírus podem ser contaminadas por outro tipo e têm grande probabilidade de desenvolver dengue hemorrágica durante essa segunda infecção.
“A pessoa infectada produz uma resposta imunológica muito intensa, o que provoca o quadro hemorrágico”, explica o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin. A dengue hemorrágica destrói a parede de vasos sanguíneos, podendo causar sangramento gengival, dor abdominal e olhos vermelhos em poucas horas.
O secretário comparou os cuidados que a população teve nos últimos meses com a gripe A (H1N1) e os cuidados que devem permanecer em relação à dengue, com a chegada de estações mais quentes.
“Para a gripe ainda temos a perspectiva da vacina para o ano que vem, enquanto para a dengue não tem vacina. O único jeito é combater o mosquito”, afirma. Segundo o secretário, o controle da disseminação da gripe é praticamente impossível, já que se dá por gotículas de saliva.
Por outro lado, o combate à dengue deveria ser bem mais fácil, já que basta eliminar focos de reprodução do mosquito (não deixar água parada em recipientes e limpar a caixa d’água, por exemplo).
Este ano já são mais de 8,2 mil casos suspeitos notificados por dengue no Estado, sem mortes. Em 2008 foram duas mortes e mais de 14,8 mil casos, no mesmo período.