As obras de construção do Contorno Norte, no lote que vai da Avenida Manoel Ribas até a rodovia dos Minérios, ainda não foram concluídas. No entanto, o problema não é mais a demora. Sem sinalização, as vias estão sendo utilizadas e os riscos de acidentes são diários.
?As pessoas estão fazendo o que acham certo. Volta-e-meia entram na contramão porque não tem placa. Vejo esses erros diariamente. Está complicado?, afirma o funcionário de uma loja no local, Gilson Rodrigues dos Santos. Quem trafega pela parte de cima do viaduto, para alcançar a rodovia que liga Curitiba a Rio Branco do Sul, encontra placas que indicam que caminho seguir e as conversões proibidas. Porém, a confusão começa quando o veículo chega na parte inferior e tenta pegar à esquerda, no sentido Curitiba, ou ainda quem está na rodovia entre Curitiba e Rio Branco tem que escolher entre qual acesso pegar para chegar à parte superior.
Enquanto a equipe de O Estado verificava o local, um veículo Kombi quase se envolveu em um acidente optando pelo primeiro acesso, vindo de Rio Branco do Sul, que é contramão (só desce). Mas as principais ocorrências envolveram os caminhões, que paravam na pista para virar à esquerda no segundo acesso, o que proibido. O trecho deve ser utilizado por quem vem de Curitiba, ou seja, só pode ser acessado pela direita. O correto, nesse caso, seria utilizar a rótula à direita (Rio Branco sentido Curitiba), logo passando o viaduto, mas essa informação nem as conversões proibidas estão indicadas em sinalização.
Quem pára para observar o trecho acaba por se confundir, em alguns minutos, qual é a mão correta e as conversões permitidas. A conclusão que se chega é que, por costume, e certamente imprudência, os motoristas, na falta de indicativos, optam pelo mais fácil. Os carros pequenos até passam, mas quando se trata de veículos longos, o som das freadas são constantes.
A assessoria de imprensa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) insistiu em dizer que o trecho está sinalizado e os alertas são feitos. O que acontece, segundo eles, é que algumas vezes as placas são roubadas. O órgão responsável pelas obras afirma ainda que, se há negligência, não é da parte deles, e sim dos próprios motoristas.