Mistério

Revolta na morte de paranaense em Paris

Em luto, a família de Oscar Kodama, de 28 anos, morto no último sábado, em Paris, ainda aguarda esclarecimentos sobre a morte do comerciante, o que ainda não foi divulgado pelas autoridades parisienses.

Kodama havia sido contratado para trabalhar no Japão e tinha embarcado na sexta-feira no aeroporto Governador José Richa, em Londrina, na região norte do Paraná, em direção ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).

No mesmo dia, embarcou com um grupo de brasileiros rumo ao Japão, com uma parada em Paris. No sábado, o vôo JJ-8096, da TAM, chegou ao Aeroporto Charles de Gaulle, na França. Depois de Paris, ele iria para Narita, no Japão, num vôo às 14h45 da empresa All Nippon Airways (ANA).

Em nota divulgada pela família, o irmão de Oscar, Gustavo Kodama, informou que o comerciante tinha o sonho de ir ao Japão para trabalhar como operário na empreiteira Suri-emu e conquistar sua independência financeira.

Para o irmão da vítima, Kodama morreu sem receber nenhuma ajuda da companhia aérea ANA. “Justamente no ano em que comemoramos o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Oscar Kodama, fazendo o caminho contrário dos nossos antepassados, morre sem receber assistência alguma”, diz o irmão na nota.

Ele conta ainda que o paranaense teve dificuldades em expressar o que estava sentido por não saber falar japonês. Por isso, a ANA encaminhou o brasileiro ao Departamento de Polícia da França, onde, segundo o irmão, foi provavelmente confundido com traficantes de drogas que ingerem cápsulas com entorpecentes em viagens internacionais e passam mal.

Para a família, o que mais gerou desconfiança foi o fato de a ANA se negar a dar informações sobre o paradeiro e o estado de saúde de Kodama. “Quando a família descobriu que ele não havia chegado ao aeroporto de Narita, no Japão, imediatamente passou a solicitar informações através da TAM, no consulado do Brasil em Paris e à ANA no Brasil, França e Japão” descreve o irmão.

O Ministério das Relações Exteriores informou que o consulado do Brasil em Paris já está em contato com as autoridades parisienses para resolver o caso o mais rápido possível. O Ministério informou ainda que o consulado brasileiro dará todo o apoio à família de Oscar.

O escritório da All Nippon Airways, em São Paulo, não estava autorizado a falar com a imprensa sobre o assunto, e informou que daria explicações sobre o caso na próxima semana.

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