Revitalizada, Galeria Suissa completa 43 anos

Todo curitibano sabe onde fica a Galeria Suissa. Além de ponto de referência para qualquer endereço na área central, a Galeria Alberto Bolliger – nome com a qual foi inaugurada – foi inovadora na época e ainda mantém tradição. Amanhã, a Suissa completa 43 anos.

Uma das mais antigas galerias de Curitiba, o local começou como uma loja – a Casa Suissa de Eletricidade, em 1925, na Rua Monsenhor Celso. Em 1949, o estabelecimento foi para a Avenida Marechal Deodoro. A loja cresceu tanto – já tinha outra frente para a Rua José Loureiro – que surgiu a necessidade da construção de um novo espaço. Foi então que veio a inovação: uma passagem que cortava a loja, ficando com vitrines nos dois lados.

?Foi inaugurada em 12 de outubro de 1962. A diferença é que a Galeria Suissa servia uma loja só. Vendia eletrodoméstico, móveis, brinquedos e a tradicional parte elétrica. Meu pai que trouxe para Curitiba o fogão a gás, o coador de café Melita, artigos da CCE, varais para apartamento. Bicicletas, a casa vendia todos os tipos imagináveis que havia no mercado?, conta a filha de Oscar Bolliger, Dagmar, que hoje administra a galeria com outras três irmãs. Além de apresentar novidades em produtos, a galeria era conhecida pelas decorações temáticas freqüentes, pelas promoções e pela festa do Natal. ?Todos os dias, na época do Natal, os fogos anunciavam a chegada do Papai Noel, que vinha de carro esporte vermelho. As luzes e as bandas com músicas suíças típicas também chamava a atenção?, lembra Dagmar.

Entre as diferentes promoções e idéias do pai, Dagmar Bolliger lembra-se da estratégia para divulgar as bicicletas. ?Meu pai pegou um macaquinho de brinquedo, o vestiu de Papai Noel e com uma bicicletinha o macaco ficava atravessando a Marechal, pelo alto?, conta.

Lojistas

Somente em 1977, da Casa Suissa de Eletricidade foi mantida apenas uma loja e, para acompanhar o mercado, os Bol-lingers decidiram abrir espaço para outras lojas. Os irmãos Folly, que lembram que a Suissa era tradicional na venda de pianos, foram os primeiro lojistas da galeria, onde estão até hoje. ?Isso significa tudo, estamos aqui desde 70. É uma existência. Nossa vida profissional foi feita aqui?, afirma Winter Folly.

Hoje, a Casa Suissa – a loja de eletricidade original da galeria – está com Rui César Valenza, mas a tradição continua. ?A mesma clientela da época do senhor Bolliger continua com a gente até hoje?, afirma César.

Hoje reformada, a galeria continua chamando a atenção em termos de arquitetura e como um local agradável, seguro e que valoriza a região central. ?A beleza traz muita vida a qualquer coisa. A intenção de renovar a galeria valoriza também o centro. O que a gente espera é que seja exemplo para os demais proprietários da região. Como história, não é a galeria  um projeto arquitetônico que chama a atenção, mas é uma satisfação desenvolver esse projeto porque eu sempre soube – pelas cores, pelas coisas que sempre eram feitas aqui – que aqui era a Galeria Suissa. Quem não sabe??, afirma o arquiteto José Vicente Lopes.

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