O número de pessoas queimadas em função de acidentes com fogos de artifício no Réveillon deste ano, em Curitiba, foi menor que o registrado no ano passado. No total, o setor de queimados do Hospital Evangélico atendeu 41 casos entre os dias 18 de dezembro e primeiro de janeiro, sendo quatorze apenas a partir da zero hora do dia 31. No mesmo período de 2004 para 2005, foram 45 feridos.
?Desses 41 casos, 25 foram atendimentos à crianças. Este ano, além do número de vítimas ter sido menor, a gravidade dos ferimentos também foi inferior. No ano passado, à 1h do dia primeiro de janeiro, estávamos realizando cirurgias de casos graves. Este ano, atendemos apenas queimaduras leves, nenhuma com necessidade de internamento?, revela o responsável pelo Centro de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Evangélico, Luiz Calomeno.
No Hospital Nossa Senhora das Graças, cujo centro de queimados foi inaugurado há menos de um ano, foi atendido um único caso na madrugada do dia 31 de dezembro. A vítima foi uma criança, que teve queimaduras leves nos braços. Foram feitos curativos e o paciente foi mandado para casa, sem precisar de internamento.
No litoral do Estado, o Corpo de Bombeiros e o hospital Nossa Senhora dos Navegantes, no município de Matinhos, não atenderam nenhuma pessoa vítima de queimaduras com fogos. Além das campanhas de conscientização, pode ter contribuído para isso a chuva forte que atingiu as praias bem no momento da virada do ano, diminuindo um pouco o ritmo das festas.
Risco
Apesar de não terem ocorrido acidentes graves na capital paranaense e no litoral, os fogos de artifício representam um grande risco, principalmente quando apresentam defeitos ou são manuseados por pessoas inconseqüentes, que não tomam os cuidados necessários, como, por exemplo, manter as crianças afastadas dos explosivos.
Segundo Luiz Calomeno, as partes do corpo normalmente mais atingidas costumam ser mãos, braços, tórax e face.