A greve dos professores entra hoje no 15.º dia. Uma proposta de reajuste salarial deve ser apresentada em reunião marcada entre a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara, e o Fórum Estadual dos Servidores. Mas, segundo a APP-Sindicato, nenhuma resposta que não contemple a reposição da inflação dos últimos 12 meses deve ser aceita.
“Não deveria nem ter debate. Não é aumento de salário, é uma correção do poder de compra dos salários das pessoas”, destaca Hermes da Silva Leão, presidente da APP-Sindicato. “Estamos jogando nossa expectativa toda para essa reunião, inclusive pra podermos chamar uma nova assembleia”, comenta.
Hermes ressaltou a importância do protesto de terça-feira, que teve adesão de muitos setores da sociedade, em apoio à manifestação do dia 29 de abril, em que 213 pessoas ficaram feridas. A troca do secretário de Educação, Fernando Xavier, pela professora Ana Seres Trento Comin foi outro ponto destacado por Hermes. “A substituição por uma pessoa que conhece a escola e vem dessa profissão foi muito interessante”, diz.
Em reunião com o sindicato, a nova secretária definiu que os quatro dias de abril da greve não devem ser descontados da folha de pagamentos. “Mas não foi descartada a possibilidade de descontarem na folha de junho. Ainda vai ser um debate”, explica Hermes.