Na última segunda-feira, foi realizada uma reunião em Londrina entre a Comissão de Seguridade da Câmara dos Vereadores da cidade e integrantes do Conselho Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde, que pediram que seja realizada uma audiência pública para definir a questão da greve em Londrina, especialmente com a reabertura das unidades básicas de saúde. A paralisação dos servidores municipais na cidade já dura 86 dias.

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Pelos cálculos da administração municipal, a greve manteve em funcionamento parcial apenas 30 unidades -18 na zona urbana e 12 na rural. Ao final do encontro, contudo, a audiência pública proposta pelo setor de saúde abrangeria a discussão dos efeitos da greve em todas as áreas públicas, por isso o pedido voltou à mesa executiva da Câmara, para análise, que irá marcar outros encontros.

Na semana passada, duas decisões judiciais favoráveis aos servidores foram revertidas. A primeira delas atendeu recurso do promotor Paulo Tavares, que quer o fim dos piquetes e a volta ao trabalho dos servidores da saúde sob pena de o Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina (Sindiserv) ter que pagar multa diária de R$ 10 mil. O Tribunal de Justiça, em Curitiba, também derrubou uma medida judicial que proibia os descontos dos dias parados. A assessoria de imprensa da Prefeitura disse que a medida deveria ter sido cumprida ontem, dia de pagamento.

O impasse sobre a greve permanece porque, de acordo com o sindicato da categoria, a Prefeitura não aceita negociar. A Câmara de Vereadores realizou um estudo de impacto econômico que diz que não é possível dar o aumento aos servidores. O sindicato rebate dizendo que a maioria dos vereadores faz parte da base política do prefeito.

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