Reunião define estratégia de fechamento dos bingos

Uma reunião envolvendo as polícias Militar e Civil, o Ministério Público Estadual e o governo do Estado acontece hoje para definir uma estratégia de ação para fechar as casas de bingo, já no período da tarde. Mesmo com o decreto 1046/03 proibindo o jogo no Estado, os bingos permaneceram com as portas abertas por todo feriadão.

Conforme a assessoria de comunicação do Palácio Iguaçu, os polícias devem tentar fechar as casas pela via da negociação. Todavia, a hipótese de uso da força não está descartada. O governador Roberto Requião (PMDB) proibiu os bingos no Estado decretando a nulidade da Lei Estadual 11.035/95, que regulamentava o jogo. Requião usou como argumento para fechar as casas a suposta ligação dos proprietários de bingos com o crime organizado. Na quinta-feira, o Sindicato das Empresas Administradoras de Bingos do Estado do Paraná (Sindibingos) tentou derrubar o decreto de Requião via mandado de segurança no Tribunal de Justiça (TJ). Contudo, o pedido foi indeferido pelo desembargador Octávio Valeixo.

Uma liminar ganha pela Associação Brasileira dos Bingos, em maio de 2001, na 9.ª Vara Federal de Fortaleza, no Ceará, está sendo usada pelos bingos como argumento para que eles permaneçam abertos. A liminar não é reconhecida pelo Ministério Público Estadual.

Cumprindo a lei

O vice-presidente do Sindibingos, Luiz Eduardo Dib, disse que o sindicato respeita a legitimidade e que os bingos fecham suas portas desde que exista um argumento judicial legal. Por enquanto, Dib garante a legitimidade dos bingos pela liminar da Justiça Federal de Fortaleza. “O decreto do governador extingue a legislação dos bingos alegando não ser matéria do Estado. Esse é mais um motivo para ele respeitar a liminar federal. Quem tem que abrir ou fechar os bingos é a União”, afirmou Dib.

Dib se revolta quando ligam as casas de bingo ao crime organizado. “Até agora ninguém apresentou provas da ligação dos bingos com o crime organizado. O promotor responsável pelo caso deve dizer os nomes das pessoas que estão envolvidas com lavagem de dinheiro, etc. Aqueles que devem terão que ser punidos, mas não se pode acusar as pessoas sem provas, como está acontecendo”, reclamou Dib.

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