?Apesar de estarmos em um ano de dificuldades e de incertezas de frota, de pessoal e de manutenção e reparação de locomotivas e vagões, produzimos mais que a operadora anterior?, informa. Pereira se referia ao fato da Ferroeste não dispor de locomotivas e vagões próprios para realizar a operação, nem pessoal para a restauração e manutenção dos equipamentos, motivo que praticamente paralisaram o transporte ferroviário no início do ano. Para manter a frota atual, composta por 13 locomotivas de baixa potência da década de 1960 e 50 vagões, foi necessário o governador Roberto Requião baixar um decreto de requisição dos mesmos.
EXPECTATIVA ? ?Acreditamos que este desempenho é também uma demonstração de que poderemos ter melhores resultados no futuro?, completa o diretor de Produção. A linha férrea do Paraná é a última e mais barata ferrovia construída no Brasil. A instalação dos trilhos ocorreu de 1991 a 1994, no primeiro mandato de Requião, e resulta de um convênio de cooperação com dois batalhões do Exército Brasileiro e investimento de US$ 363 milhões de recursos próprios do Governo do Estado.
No final de 1996 o Governo Jaime Lerner vendeu a subconcessão do trecho após um curto período de operação pública da ferrovia. O consórcio Ferropar, único a participar da licitação, venceu a concorrência com o lance mínimo de R$ 25,6 milhões. ?Estamos vivendo um momento histórico. A Ferroeste avança a passos largos e firmes, depois de dez anos de pilhagem e ?privataria? que a paralisaram. Desde que o Estado do Paraná retomou a ferrovia, há um ano, as boas notícias não param de chegar?, comemora o presidente Samuel Gomes.