A Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizou ontem o vestibular mais tranqüilo dos últimos anos, como definiu a reitora em exercício, Maria Tarcisa Silva Bega. A primeira fase do concurso e para vagas do ensino médio na Escola Técnica foi caracterizado por poucas ausências, algumas ocorrências médicas e nenhuma eliminação por fraudes.
Neste ano a UFPR estabeleceu que os candidatos que prestassem concurso para o mesmo curso fossem reunidos no mesmo local e em salas próximas. ?Dessa maneira, pudemos aumentar as medidas de segurança para os cursos mais concorridos e caso fosse detectada alguma fraude, o vestibular todo não precisaria ser anulado?, explicou a reitora em exercício.
Ausências
Dos mais de 46 mil inscritos, 2.601 candidatos não foram fazer as provas. De acordo com Bega, isso se deve à coincidência de data com o vestibular da Universidade de Campinas (Unicamp). Seis candidatos precisaram de atendimento hospitalar devido a varicela, outros dois, devido a complicações pós-operatórias, um por pneumonia e duas gestantes.
O gabarito provisório foi divulgado ontem mesmo no site (www.nc.ufpr.br), mas o individualizado sai apenas no dia 21. O resultado da 1.ª fase será divulgado até o próximo dia 2 e os aprovados farão a 2.ª etapa nos dias 11 e 12 do mês que vem.
Espera e ansiedade
No Centro Politécnico, que teve a segunda maior concentração de candidatos, vários pais aguardavam do lado de fora que seus filhos concluíssem o exame. ?Fiquei mais nervosa do que meus filhos, mas não dá para demonstrar isso?, disse Dorothi Meier de Oliveira, que aguardava a filha, Tatiane, de 16 anos. Outro filho Jackson, 18, realizava o vestibular na PUC. Já Tânia Nascimento contou que a filha, Denise, que tenta odontologia, dizia que não estava ansiosa, mas o reflexo começou a aparecer no corpo.
Atrasados só reclamam
Todo o ano é a mesma coisa: minutos antes de os portões de entrada para o bloco de administração do Cento Politécnico serem fechados, a imprensa e curiosos se juntam e ficam aguardando os ?atrasados?, aqueles que por diversos motivos ficam de fora e são impedidos de realizar o vestibular. Ontem, assim que os fiscais fecharam a porta, pontualmente às 13h30, o paulista Paulo Caldas Ribeiro, que buscava uma vaga em Psicologia, corria ofegantemente pelo estacionamento. ?Apenas um minuto atrasado e não tenho mais chance?, lamentou.
Argumentos
A desculpa, assim como de muitos outros candidatos, dificuldades no trânsito. ?Estava um inferno para chegar aqui e ainda um rapaz na portaria nos deu indicações erradas?, disse a também paulista Jaqueline Vasconcelos, protocolou reclamação no Núcleo de Concursos.
Já o primeiro a terminar a prova foi o curitibano Tiago da Silva Simas, que tenta Psicologia. ?Achei a prova fácil, pensei que seria mais difícil. Mas se foi para mim, deve ter sido para todos?, disse.
