Os brasileiros que moram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil estão acordando mais cedo desde domingo, quando começou a 37.ª edição do horário de verão. Para a grande maioria das pessoas o que vale mesmo é aproveitar ou reclamar dessa diferença no relógio. Ontem, no primeiro dia útil do novo horário, muita gente ainda estava tentando se adaptar. A dona-de-casa Fátima Albuquerque, além de não gostar do horário de verão, ainda tem que acordar os filhos mais cedo para ir à escola. ?Eu tenho dois filhos e nesse primeiro dia foi difícil tirar eles da cama mais cedo. Eles estavam com muito sono,  e eu também?, falou.

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A estudante Isabel Haufen Rossini afirmou que teve um pouco de dificuldade de acordar, mas não em função do novo horário.

?Como foi feriado e fiz muita coisa, ainda estou cansada, mas o horário de verão não interfere em nada, pelo contrário, gosto muito?, declarou. Já a designer, Mariana Augusta de Souza, apesar de gostar do horário de verão, demora para se adaptar. ?Eu gosto, mas no começo parece que falta uma hora?, disse. A jornalista Ana Caroline Pippi também afirma sentir um pouco de sono, mas logo vai se acostumando. ?Isso é só no começo, pois fica tudo normal novamente?, falou.

De acordo com o chefe do Departamento de Neurologia do Hospital Nossa Senhora das Graças, Alísio Melo Júnior, em geral, as pessoas demoram uma semana para se adaptar ao novo horário. Isso acontece com mais freqüência com aqueles que fazem o controle da luminosidade do quarto e são acordadas pelo despertador. ?Já as pessoas que acordam com a luz natural no quarto, não são tão afetadas pois a claridade das 6h ou 7h é praticamente igual?, falou. Para aqueles que sentem sono durante o dia e pensam que tirar uma soneca para compensar irá adiantar, o médico explica: ?Não adianta nada, pois na hora de ir para a cama ficarão sem sono?. Melo Júnior diz que o ideal é ir se adaptando naturalmente ao novo horário, evitar dormir com barulho, televisão ligada e após a ingestão de alimentos pesados.

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