O governador Roberto Requião voltou a atacar a Syngenta Seeds. Ontem, durante a escola de governo, em Curitiba, afirmou que a empresa ?não é bem-vinda no Paraná?. As críticas ficaram em torno da questão do conflito dos sem terra com seguranças da empresa NF na fazenda experimental da multinacional, em Santa Tereza do Oeste. Duas pessoas morreram: Valmir Mota de Oliveira, o ?Keno?, e o segurança Fábio Ferreira. Requião falou como se as investigações já estivessem concluídas.
Apesar de o caso ainda não estar concluído, Requião já tem conclusões, como traz a matéria divulgado na Agência Estadual de Notícias. ?É absolutamente inaceitável que milícias privadas executem cidadãos paranaenses, estejam eles certos ou errados?, afirmou. Ainda segundo o texto, teria afirmado que determinou ?que a Secretaria de Segurança Pública aja com a máxima dureza?. ?Sempre que o capital estrangeiro organizar milícias de liquidação, à moda Tropa de Elite, encontrará uma forte resistência no governo do Paraná. Não é possível assistir com passividade a esse tipo de violência?, teria comentado o governador.
O governador teria completado que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entrou na área para protestar contra os transgênicos. ?Os manifestantes entrariam, marcariam uma posição e se retirariam, mas os suíços mobilizaram suas forças de segurança e um dos manifestantes foi executado?, teria afirmado, sem mencionar a morte de um segurança no conflito.
De acordo com o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais, Renato Figueiroa, o inquérito deve ser concluído em 30 dias. Ontem, os sete seguranças detidos há quase dez dias foram liberados por determinação da Justiça.
A Syngenta preferiu não comentar tais ataques, mas lembrou que, no Paraná, gera 244 empregos, sendo 144 diretos.