Centros de diagnósticos credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cobram do Ministério da Saúde uma solução para um impasse no diagnóstico precoce da mucoviscidose ou fibrose cística através do teste do pezinho. De acordo com o presidente da União Nacional dos Centros de Triagem Neonatal (Unicert), José Alcides Marton da Silva, apenas três estados – Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais – cumprem a portaria 822 do Ministério da Saúde que inclui o diagnóstico da fibrose no teste do pezinho, gratuitamente. ?Além disso, os valores repassados para as entidades cadastradas no SUS é menor do que o valor gasto no teste?, afirma Silva.
Ele explica que o teste custa, em média, R$ 5,50 por exame, porém o SUS repassa apenas R$ 5. ?O Paraná é pioneiro nesse teste. Mas se o valor do repasse não for atualizado, corre o risco de não realizar mais o exame.? Outro fator apontado pelo médico como determinante para o teste ainda não estar implantado nas demais unidades da federação é que o SUS só credencia o estado que se comprometer a tratar todas as crianças diagnosticadas com fibrose cística.
Silva explica que o tratamento da mucoviscidose custa de R$ 2 mil a R$ 3 mil por criança, porém a incidência da doença é baixa. O Ministério da Saúde informou que já existe uma comissão encarregada de estudar a implantação do teste em todo o País e que está em estudo o aumento do repasse da verba.