A Renault anunciou nesta segunda-feira (30) a contratação temporária de 550 trabalhadores para sua fábrica de veículos de passeio, no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba).

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“A medida visa atender a uma demanda momentânea de exportação e, por isso, serão utilizados contratos de duração determinada válidos por seis meses”, informou a montadora em nota enviada à imprensa.

O anúncio da companhia francesa vem em um momento em que muitas montadoras estudam acelerar demissões para reduzir o número de trabalhadores ociosos, uma vez que as medidas adotadas até agora não surtiram o efeito esperado para baixar os estoques.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a Renault emprega 5,2 mil pessoas no Paraná, das quais 3,6 mil nas linhas de produção. A empresa havia cortado 470 funcionários das fábricas de veículos de passeio e utilitários em fevereiro do ano passado, após a conclusão de um plano de demissões voluntárias (PDV).

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Diferentemente de outras montadoras da região, como Volkswagen, Volvo e CNH Industrial, desde então a Renault não recorreu a outras medidas de controle de pessoal, como layoffs (suspensão temporária dos contratos de trabalho) ou reduções de jornada e salário.

Há menos de duas semanas, a Volvo estendeu até dezembro o prazo de adesão para um PDV, suspendendo pelo menos até o fim do ano 400 demissões que havia programado.

Prejuízo

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No fim de abril, quando divulgou seu mais recente balanço financeiro, a Renault informou que o número de veículos produzidos em São José dos Pinhais caiu 20% no ano passado, de 253,7 mil unidades em 2014 para 202,1 mil em 2015.

A “forte turbulência econômica no cenário nacional”, segundo a empresa, foi determinante para o prejuízo de R$ 828 milhões apurado em 2015, o triplo da perda registrada no ano anterior.