A beatificação de Carlos I, último imperador da Áustria e último rei da Hungria, anunciada pelo papa João Paulo II no dia 3 de outubro, teve a influência de uma religiosa polonesa que viveu no Sul do Brasil. A cura da irmã Maria Zita Gradowska, que sofria de úlcera varicosa, foi reconhecida pelo Vaticano.
A irmã Joana Patrzyk, mais conhecida como “irmã Zélia”, conta que conheceu Maria Zita logo que ela chegou no País. Nascida na Polônia, Maria Zita ingressou na vida religiosa em 1917, e dez anos depois, veio para o Brasil trabalhar com crianças. Ela viveu até os 95 anos, dos quais 71 anos como religiosa, tendo trabalhado no Paraná e Santa Catarina.
De acordo com irmã Zélia, a religiosa já estava desenganada pelos médicos, que não acreditavam na cura da sua doença. “Mas um dia ela recebeu um panfleto que pedia orações para o imperador ser beatificado. Nesse dia, a irmã estava com muitas dores, e ela tomou remédios e rezou pedindo a intercessão dele. No outro dia as dores desapareceram, assim como a doença”, contou. O imperador foi anunciado pelo papa como um santo que tentou negociar um fim pacífico para a 1.ª Guerra Mundial.