Reivindicações de médicos em pauta na Câmara Federal

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realiza hoje, em Brasília, uma audiência pública sobre reivindicações feitas pelos médicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde o ano passado, a categoria está mobilizada para conseguir uma valorização do trabalho médico na saúde pública e reajustes nos honorários e do piso salarial. Em março deste ano, entidades que representam os médicos elaboraram a Carta de Curitiba, na qual formalizaram os pedidos.

O documento, feito durante o I Encontro dos Conselhos de Medicina 2008, realizado na capital paranaense, reivindica um serviço público eficiente na área da saúde, com gestão competente e financiamento adequado; melhor estrutura; reajuste nos honorários do SUS, com a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM); salário mínimo profissional de R$ 7.503,18 por 20 horas de trabalho; carreira de Estado e implantação de Plano de Cargos e Salários para os médicos atuantes no SUS.

De acordo com Gerson Zafalon, terceiro vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), a Carta de Curitiba representa um avanço nesse assunto, pois ele está sendo debatido com os parlamentares.

“A partir desse documento, finalmente conseguimos dar voz às nossas reivindicações. Antes, sequer conseguíamos atenção sobre isso. Queremos melhorar sobremaneira a nossa classe e valorizar o serviço prestado por um médico. Além disso, queremos condições para que a população tenha um atendimento de qualidade. Essa exigência não é só dos médicos, mas sim de toda a sociedade”, comenta.

Para o diretor de Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira (AMB), Roberto Gurgel, a audiência deve trazer bons resultados. “Estamos esperançosos que nossos pedidos sejam atendidos. Todos eles são plenamente praticáveis, como, por exemplo, a adoção da CBHPM. Acredito que nossas propostas vão ajudar a desenvolver melhor o SUS”, afirma.

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