Um mandado de reintegração de posse foi cumprido ontem na área da construtora Abussafi, em Londrina, região norte do Paraná. Ocupavam o local 227 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que estavam na área desde o último dia 30 de abril.

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A operação começou logo após as 6h30, quando cerca de 400 policiais do 5.º Batalhão da Polícia Militar (PM) chegaram ao local para cumprir a reintegração. De acordo com o tenente da PM Ricardo Eguedis, não houve confronto com as famílias sem terra e a retirada ocorreu de forma pacífica.

“Logo de início, os líderes do movimento acataram a decisão judicial e os próprios moradores começaram o trabalho de demolição das casas, com ajuda do maquinário disponível”, afirmou.

O destino das famílias foi decidido ontem ainda no fim da tarde, em parceria com a Prefeitura de Londrina. “Muitas das famílias retornaram ao seu local de origem, como União da Vitória”, disse um dos líderes do MST na região, Robson Pereira dos Santos.

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Equipes da Assistência Social da Prefeitura e da Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina estiveram na área que estava sendo desocupada para realizar o atendimento às famílias que não tinham para onde retornar.

“Procuramos fazer todo o diagnóstico social das famílias, de onde vieram, quanto tempo ficaram aqui, além de outras informações, e, pelo menos provisoriamente, elas serão encaminhadas para um abrigo”, explicou o chefe de gabinete da Prefeitura, Rodne de Lima.

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Terra de Direitos

A organização Terra de Direitos encaminhou ontem à tarde um pedido ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para solicitar providências que evitem ameaças e agressões contra os participantes da 7.ª Jornada de Agroecologia, que acontece de hoje até sábado, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, região oeste do Paraná. A previsão é que a jornada receba cerca de 4 mil participantes.