As novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) referentes à presença de engate traseiro em carros de passeio, caminhões e caminhonetes vêm gerando uma série de dúvidas à população. Prova disso é que, nos últimos dias, estabelecimentos que realizam a instalação e venda do equipamento em Curitiba têm recebido uma série de ligações de clientes preocupados com o assunto.
?O telefone não pára de tocar. De cada três ligações que recebo, duas são de pessoas com dúvidas em relação às novas regras. Acho que estas deveriam ser melhor explicadas à população?, comenta o gerente comercial da loja Pick-up Total, Gustavo Bragagnolo, que mantém o texto da resolução do Contran sempre à mão e chega a passar cópias do mesmo a seus clientes.
Na Renovacar, que tem como gerente Sidney Werner Júnior, a situação não é diferente. No local, as vendas de engates chegaram a diminuir no ano passado, quando o Contran começou a divulgar que haveria restrições ao uso do equipamento. ?Chegou a ser comentado até que a utilização de engate seria proibida, o que fez com que as vendas caíssem bastante. Agora, os consumidores estão com muitas dúvidas sobre o que vai ser permitido ou não?, afirma.
Estudiosos do assunto, Gustavo e Sidney explicam que as novas regras prevêem que, a partir do próximo mês de julho, será necessário constar no manual de veículos novos onde o engate deve ser preso e a capacidade de tração do carro. Já os veículos antigos que tenham engate, poderão continuar a utilizá-lo. Terão apenas que ter equipamentos com quatro características básicas, já presentes em muitos dos artigos comercializados.
?Será necessário que os engates tenham esfera maciça apropriada, dispositivo de fixação de corrente de segurança do reboque, dispositivo de iluminação devidamente regulamentado para iluminação da carreta e ausência de superfícies cortantes (cantos vivos) na base da esfera do engate?, explicam. O preço de um engate pode variar de R$ 150 a R$ 300, dependendo do tipo do veículo.
