A região Sul foi a responsável pela maior parte das apreensões de filmes piratas no primeiro semestre deste ano no Brasil, com um crescimento de 450% comparado a 2007.
Os dados foram divulgados esta semana pela Motion Picture Association (MPA), órgão que faz um trabalho de conscientização dos produtos falsificados.
De acordo com o diretor regional de antipirataria da MPA, Márcio Gonçalves, existem duas razões pelo elevado número dos confiscos.
?A primeira se deve ao aumento do efetivo da Receita Federal (RF) na fronteira com o Paraguai. A outra é que, como o Paraná é ponto de entrada desses produtos, principalmente por ser próximo a Ciudad del Este, no Paraguai, houve uma intensificação dos trabalhos para combater essa irregularidade?, conta.
O Sul apreendeu 55,5% de produtos audiovisuais ilegais. Depois foi o Sudeste, com 38,4%, Nordeste, com 2,5%, Centro-Oeste, com 2,4%, e Norte, com 1,2%. Gonçalves diz que o fato de ter um número maior de apreensão não indica que o Sul seja a campeã em pirataria.
?Esse produtos, infelizmente, estão espalhados por todo o Brasil. Não fica restrito a apenas uma determinada área. Temos que dar um jeito de acabar por isso, porque por de trás da pirataria está o narcotráfico, a corrupção, dentre outros males que assolam a nossa sociedade?, afirma.
Gonçalves ainda faz mais um alerta. ?Todo ano, o País perde US$ 198 milhões só com filmes piratas. Se for levar em conta todos os produtos ilegais, esse número é de US$ 30 bilhões. A pirataria está acabando com o mercado audiovisual.? Ele fala também que os maiores prejudicados são os donos de videolocadora.
Segundo o diretor, o proprietário, que paga impostos e gera empregos, tem que competir com os trabalhadores informais que vendem um produto que, às vezes, ainda nem chegou ao cinema.
Ele encerra dizendo que é preciso fazer um trabalho junto à sociedade para reverter esse quadro e mostrar que comprar um produto pirata é compactuar com o crime organizado.