Região Oeste perde seu embaixador

Empresário, líder comunitário, benemérito, cidadão honorário e ex-diretor da Santa Casa Monsenhor Guilherme, o pioneiro gaúcho radicado em Foz do Iguaçu, Antônio Bordin, faleceu na manhã de domingo naquela cidade, aos 91 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

Com a saúde debilitada desde que sofreu um derrame cerebral no ano passado, Bordin estava acamado havia um mês. Na madrugada de domingo o seu quadro clínico agravou-se, e Bordin foi levado às pressas para o hospital Costa Cavalcante. O óbito ocorreu às 6h20.

Durante todo o dia, centenas de pessoas compareceram ao velório realizado na capela mortuária do cemitério São João Batista, dentre elas autoridades religiosas e do Poder Público. A movimentação foi grande, apesar do mau tempo. As homenagens póstumas ocorreram de diversas formas. Empresas, associações, amigos e particulares enviaram diversas coroas de flores com votos de pesar à família.

Momentos antes do sepultamento houve missa de corpo presente presidida pelo bispo emérito, Dom Olívio Aurélio Fazza. Ao final da celebração, o amigo Arlindo Cavalca entoou uma canção ao som de flauta. Lembrando a imigração, familiares e amigos interpretaram uma canção italiana que homenageia a América. Uma mensagem do prefeito de São Miguel, Armando Polita, foi lida por Peres Bordin, filho do pioneiro. Ao agradecer a todos, em nome da família, Peres disse que o texto traduz um pouco da luta e do espírito que nortearam a vida de Bordin.

Na mensagem direcionada à senhora Ivone e família Bordin, alguns trechos das lutas e conquistas do pioneiro: “A criação do município de Palotina, o projeto da estrada federal que hoje é BR-277, cuja campanha pela sua duplicação também contou com o seu apoio incondicional. A luta pela construção das pontes da Amizade e Tancredo Neves, a implantação do ensino médio em Céu Azul, bem como a influência na criação do mosteiro Cristo Rei das Irmãs Carmelitas, a trincheira da luta pela reabertura da Estrada do Colono. Por estas e outras razões é que seu nome deve ser lembrado como um ícone do progresso, e que a lição de vida deixada por este pioneiro nos sirva de exemplo para que possamos cultivar os sentimentos nobres plantados por Antônio Bordin no seio da comunidade paranaense. Foz do Iguaçu, a região e o Estado do Paraná perdem um homem como poucos, o verdadeiro embaixador do Oeste do Paraná”. O corpo de Antônio Bordin foi sepultado ontem, às 17h30, sob chuva fina, no jazigo da família, no cemitério São João Batista. (Colaborou Elson Marques, da Gazeta do Iguaçu).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo