Até o fim do ano já devem estar concluídas as análises iniciais do Plano Diretor de Mineração (PDM) da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Elas serão encaminhadas ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que as utilizarão como parâmetro para a liberação de locais de extração mineral. O plano também será repassado à Coordenação da Região Metropolitana (Comec), para fazer parte do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) da região.
O PDM deve ser concluído em 18 meses, contando-se desde o início de julho, quando o DNPM liberou cerca de R$250 mil de recursos à Minerais do Paraná (Mineropar). O presidente da Mineropar, Omar Akel, o plano consiste num mapeamento completo dos recursos minerais da região e as possibilidades de expansão da urbanização. “Nossa principal preocupação é o Norte da RMC: Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Cerro Azul. Lá estão as maiores reservas de recursos minerais e de águas subterrâneas da região”, explicou Akel.
Para a ambientalista Lídia Lucaski, da Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (Amar), a idéia de um plano para se conhecer os recursos minerais da RMC é muito boa, “desde que tivesse sido feita há dez anos”. “Agora estão fazendo estudo de terra arrasada. Colocando tranca em casa arrombada. Em tempo nenhum ninguém fez menção em defender o meio ambiente na região, não entendo por que estão fazendo isso agora”, criticou Lídia. Ela destacou que sua associação move mais de dez ações judicias contra mineradoras.
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