A primeira etapa das reformas no Mercado Municipal, em Curitiba, está chegando ao fim. A previsão é que no próximo dia 31 os quase cem permissionários ? entre hortigranjeiros, açougues, peixarias, floricultura, embalagens e mercearias ? estejam ocupando o pavilhão A, em reformas desde junho.
Com a conclusão da primeira etapa das obras, o Mercado se prepara agora para a segunda etapa: a reforma no pavilhão B, que inclui a parte superior e a ala dos restaurantes e lanchonetes e congrega cerca de quarenta permissionários. O investimento da Prefeitura Municipal é de quase R$ 2,5 milhões.
De acordo com a administradora do Mercado Municipal, Helena Sobania, a única despesa que os comerciantes estão tendo é com as barracas provisórias montadas em dois pavilhões externos do Mercado. “Eles têm que arcar com 50% do custo do barracão provisório, mas é só. A Prefeitura é que está custeando tudo”, afirma.
O dinheiro aplicado foi para o piso do Mercado, parte hidráulica, canalização de linha telefônica e a construção das bancas em granito. “A situação era precária, sem obedecer as normas da Vigilância Sanitária”, lembra Helena.
Atração turística
Com a entrega das novas instalações ? a previsão é que todo o Mercado esteja pronto no dia 15 de dezembro ?, a administradora acredita que o movimento também aumente. “É um mercado tradicional, mas novo. Buscamos manter as características originais e a gente pretende atrair também os turistas”, conta. A Linha Turismo, inclusive, terá uma parada no Mercado Municipal, lembra Helena.
Com relação à temida queda no movimento durante as reformas, a administradora revela que não aconteceu. “Uma pesquisa interna mostra que, no mês passado, houve aumento de vendas de 60% no atacado e 20% no varejo, em relação ao mês anterior. O Mercado tem um público tradicional que não deixou de freqüentá-lo”, observa. O Mercado Municipal tem 44 anos e recebe média de três mil pessoas por dia, segundo Helena Sobania.
Comerciantes
A comerciante Marisa Luvizoto, proprietária da Mercearia Lisamara ? localizada na parte superior do Mercado Municipal, conhecido como pavilhão B ?, acredita que o movimento caia um pouco com a mudança para outro barracão durante as reformas. Mas ela não parece muito preocupada com isso. “A gente vinha lutando pela reforma há muito tempo. Vai valer a pena o sacrifício de ver as vendas diminuírem”, diz. Ela acredita que a mudança de barracão aconteça no início do mês que vem.
Sérgio Luvizoto, da Luly Cabelereiros ? também localizado no pavilhão B ?, conta que ainda não tem informações se precisará mudar o estabelecimento ou não durante a segunda etapa das reformas. “A gente não sabe se terá que sair ou se ficará fechado alguns dias”, conta. Segundo ele, caso a reforma dure mais do que duas semanas, o ideal seria se mudar para o pavilhão externo. “As obras devem atrapalhar um pouco a renda, mas o resultado vai compensar”, diz confiante.