A Secretaria de Estado da Saúde anunciou ontem que pretende instalar na maternidade da Santa Casa de Paranaguá de duas a quatro Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) para atendimento neonatal. O local para instalação das unidades foi definido após uma visita do diretor de sistemas de saúde, Gilberto Martin, à maternidade da instituição.
Esta é a segunda medida tomada pela Secretaria para aumentar o atendimento de alta complexidade no litoral. No último final de semana, o secretário Cláudio Xavier já havia anunciado que irá aumentar de quatro para dez o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto na Santa Casa. Os equipamentos para os novos leitos adulto e neonatal serão fornecidos pelo Estado, que também custeará as unidades até o credenciamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Ministério da Saúde. “Os novos leitos de UTI e a UCI neonatal são mais uma prova da preocupação deste governo com o atendimento da população do litoral”, disse Martin. A previsão da Secretaria é reabrir o Pronto Socorro da Santa Casa no início de julho e, no mesmo mês, colocar em funcionamento as novas unidades. O governador Roberto Requião decretou a intervenção na Santa Casa de Paranaguá no dia 8 de junho. A medida foi tomada após a paralisação das atividades pela instituição, que acumulava dívidas. A Secretaria da Saúde iniciou então o processo de auditoria no hospital e reuniões com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) que, através da Funpar, assumirá a administração da Santa Casa.
Morte
Na última terça-feira, porém, duas crianças nasceram com cerca de 29 semanas de gestação e precisavam de atendimento especializado neonatal. A Secretaria, através da Central de Leitos, conseguiu dois leitos na UTI neonatal do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo. Um dos bebês tinha condição de ser transferido, mas o outro, em função da sua pior condição física, não suportaria a viagem, mesmo sendo transportado em UTI móvel. Para esse bebê, foi montada uma UTI na própria maternidade, com o respirador e o oxímetro de pulso (com monitor para os batimentos cardíacos), equipamentos retirados de uma das ambulâncias disponibilizadas pela Secretaria. Mesmo com todo o atendimento de emergência, o bebê não sobreviveu e morreu na quarta-feira.