Moradores de Jaguapitã, cidade da região metropolitana de Londrina, dizem ter presenciado um fenômeno bastante incomum neste domingo (13): um redemoinho de poeira. No entanto, o evento pode ter sido gravado em um lugar um pouco mais distante, na cidade de Guarantã do Norte, no Mato Grosso. É o que aponta uma gravação de Waldemar Junior publicada no YouTube no sábado (12) — ou seja, um dia antes.
Ele publicou dois vídeos que mostram a poeira se movendo como um gigantesco cone e com ventos muito fortes em um descampado de uma zona rural. Porém, um paranaense compartilhou as mesmas gravações dizendo que se tratava de uma filmagem feita na cidade de Jaguapitã. E muita gente acreditou. Até às 10h30 desta segunda-feira, mais de 42 mil pessoas compartilharam a publicação de Ronerval Gonçalves no Facebook, acreditando que o tornado de poeira aconteceu mesmo no Paraná.
O Simepar afirmou que já tomou conhecimento do evento, mas ainda não fez uma análise detalhada para atestar a veracidade.
De acordo com o meteorologista Fernando Mendes, do Simepar, redemoinhos, em geral, são formados pela combinação do nível da instabilidade da própria atmosfera com nuvens de tempestade com células que podem evoluir para um fenômeno similar. “Pode acontecer com massas de ar mais secos, situações de temperaturas elevadas, e também no verão, por conta das chuvas fortes, da umidade e do calor”, explica
Chuvas sob Jaguapitã
A estação meteorológica do Simepar mais próxima de Jaguapitã é justamente a de Londrina. De acordo com o instituto, a região registrou pouca chuva neste domingo (13), na casa de 3,4 mm. Os ventos alcançaram pico máximo de velocidade de 65,52 km/h.
A região não tem chuva destacada há muito tempo, fenômeno que segue sendo registrado em todo o Paraná neste inverno. No começo do mês, em 3 de agosto, a cidade registrou apenas 0,8 mm de chuva. A última precipitação significativa no Norte Pioneiro foi em 20 de junho.
Nesta segunda (14), ainda há possibilidade de chuva entre o leste e norte pioneiro do Paraná. A partir de terça-feira (15), a instabilidade deve aumentar na divisa entre o Paraná e São Paulo.