Alunos, pais, professores e funcionários participaram ontem do processo eleitoral das 2,1 mil escolas da rede estadual de ensino. A comunidade escolar votou para o cargo de direção. A exceção foi no Colégio Estadual do Paraná (CEP), cujo diretor é indicado pelo governo do Estado. Atualmente, o cargo é ocupado pela professora Maria Madselva Ferreira Feiges.
Ontem, o grêmio estudantil e uma comissão que pede o voto direto no CEP realizou um plebiscito sobre o tipo de eleição no colégio. A apuração dos votos, tanto nessa consulta quanto nas eleições, deveria ser encerrada ainda na madrugada de hoje.
Em 2003, foi instituída a consulta à comunidade escolar para a escolha do diretor, que fica no cargo por três anos. Foram inscritas aproximadamente 5 mil chapas. Votaram os alunos com mais de 16 anos, estudantes do ensino médio, pais, professores e funcionários.
Em todo o Estado, o maior é o Colégio Estadual Vicente Rijo, em Londrina, com 3,2 mil estudantes. Em Curitiba, o maior colégio eleitoral é o Instituto de Educação do Paraná, com 3,1 mil alunos.
A maior concorrência aconteceu no Colégio Estadual Presidente Vargas, no município de Telêmaco Borba, onde houve o registro de seis chapas de candidatos.
Segundo a coordenadora do processo de consulta, Angelita Siqueira, uma fórmula é aplicada na apuração para que os votos de professores e funcionários, em número menor em relação aos alunos e pais, tenham o mesmo peso no resultado. Os diretores escolhidos tomam posse em 1.º de janeiro de 2009.
Colégio Estadual
O CEP não entra nas eleições, conforme a Lei Estadual 14.231. “O colégio deveria entrar no processo. A justificativa que chega para nós é que a administração do Colégio Estadual do Paraná é diferenciada. Mas a comunidade escolar também tem o direito de escolher seu diretor”, avalia a presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes. A entidade apoiou o plebiscito realizado ontem, que questionou se a comunidade era a favor ou não das eleições diretas no CEP.