Até 2013 todos os 399 municípios paranaenses serão interligados pela rede de fibras ópticas da Companhia de Energia Elétrica. O objetivo é facilitar o acesso em massa da população à internet e aos serviços de telecomunicações. A informação é do diretor da estatal, Carlos Eduardo Moscalewski, feita na abertura da Paraná Wireless, evento que acontece nesta quarta-feira (18) no auditório da Companhia de Informática do Paraná (Celepar), em Curitiba.
Para acelerar o acesso à internet nos municípios paranaenses, o Governo do Paraná instituiu o Plano Estadual de Banda Larga (PEBL), que além de aproveitar a estrutura da rede de fibras ópticas da Copel prevê tratamento tributário especial às pequenas provedoras de acesso, que repassarão tais vantagens aos seus clientes sob a forma de serviços de baixo custo.
Para viabilizar o PEBL, os pequenos provedores ficarão isentos do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMS) e a Copel reduzirá sua margem de lucros na oferta de fibras ópticas. Para tanto, os provedores se comprometem a oferecer acesso à web a preços populares, até R$ 15,00 por conexão de 256 Kbps e até R$ 30 pela de 512 Kbps.
Numa extensão de 16 mil quilômetros, a rede de fibras ópticas da Copel abrange atualmente 227 municípios e deverá chegar até o final do ano a 240 cidades. Para o presidente da Associação Paranaense de Provedores de internet, Marcelo Siena, o Plano Estadual de Banda Larga, além de promover a inclusão digital, também permitirá a interiorização e a integração regional por prestigiar as empresas de pequeno porte.
Com a melhor infraestrutura de telecomunicações entre os estados brasileiros, através dessa iniciativa o Paraná sai na frente no esforço nacional de popularização do acesso à internet prevista no Plano Nacional de Banda Larga. Segundo o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, o Brasil possui atualmente apenas 15% de seus domicílios, 9 milhões, com internet fixa e 3 milhões de aparelhos celulares com internet, o que é pouco se comparado aos países mais desenvolvidos.
Segundo Rezende, um dos fatores que influenciará a viabilização do Plano Nacional é a abertura do mercado de telecomunicações através da concessão de licença única para que as pequenas empresas também possam oferecer serviços de TV a cabo, telefonia e acesso à internet. A meta é chegar a 8 milhões de assinaturas na maioria dos municípios brasileiros nos próximos anos. Atualmente somente 200 municípios brasileiros possuem serviços de TV a cabo.