A visita do coordenador geral de construção do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), José Elias Miziara Neto, ao município de Bocaiúva do Sul não foi como o prefeito do município Élcio Berti (PFL) esperava. Ao invés de trazer a confirmação da liberação de R$ 10 milhões para obras de pavimentação na BR-476 (Estrada da Ribeira), o coordenador trouxe consigo mais uma dúvida.
Os recursos do Ministério dos Transportes tiveram um corte de R$ 114 milhões e o coordenador não confirmou que serão liberados R$ 10 milhões ainda este ano. O que seria suficiente para pavimentar 15 quilômetros. Ainda restam 48 quilômetros da estrada até Adrianópolis sem asfalto. “Tudo vai ser decidido no próximo dia 15. A palavra final é do ministro”, esquivou-se.
Miziara disse que o compromisso de concluir a pavimentação da estrada continua, mas a certeza da quantidade de recursos a serem liberados ele ainda não tem. “É uma prioridade do governo do Paraná, por isso é prioridade para o DNIT. Porém esse corte de recursos nos pegou de surpresa. Até quatro dias atrás tudo estava certo”, explicou.
O coordenador disse que existem 322 obras paralisadas em todo Brasil. Para a conclusão delas seriam necessários R$ 5,1 bilhões. “Uma das prioridades é a duplicação do trecho entre Belo Horizonte e Florianópolis, que pega a Rodovia Fernão Dias até a BR-116”, revelou.
Cascalho?
Em conversa com representantes da Construtora J. Malucelli, na Pousada Ribeirão das Pedras, na própria Estrada da Ribeira, Miziara chegou a cogitar a colocação de um forro de cascalho em toda a estrada, o que melhoraria as condições, enquanto não se pode concluí-la. “O problema seria que se o recurso para camada asfáltica demorasse muito, a obra se perderia”, revelou o coordenador.
Para Berti a idéia do cascalho é péssima. “Se colocar cascalho vai demorar mais uns cem anos para vir o asfalto. Será que não tem R$ 10 milhões para fazer a estrada. Então fecha o Brasil. Vamos desmembrar o Vale da Ribeira”, disse.
Mesmo assim, o prefeito salientou que ainda acredita que o Ministério dos Transportes irá cumprir o prometido e realizar a obra.
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