Até o final de 2008, o município de Paraíso do Norte, na região norte do Estado, deve ter 100% de sua mata ciliar recomposta. Essa é a meta do secretário do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente do município, José Clóvis Torsani, que vem iniciando um trabalho de preservação em parceria com órgãos ambientais, agricultores, pecuaristas, escolas e população em geral.

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Em Paraíso, existem cerca de 214 quilômetros de rios, o que representa uma área de aproximadamente 428 quilômetros de matas ciliares. Ao longo do tempo, a vegetação foi sendo substituída por pastagens, plantações de cana, café e soja. Muitas árvores nativas acabaram sendo derrubadas.

"Até alguns anos atrás, não havia preocupação com a preservação da mata ciliar. Os produtores desmatavam suas propriedades até as margens dos rios e, quando não faziam isso, eram taxados de preguiçosos", afirma o secretário. "A devastação visível hoje é resultado de um processo de desmatamento que ocorre a um longo período de tempo, sem nenhum tipo de controle. Por isso, nosso maior desafio é conscientizar os agricultores e pecuaristas quanto à importância da preservação É um trabalho longo e difícil."

Para que a conscientização seja efetiva, o Departamento de Agricultura, junto com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), vem designando técnicos para visitarem as propriedades e conversarem com os produtores, incentivando o plantio de mudas e a retirada do gado das áreas de mata ciliar. Os proprietários interessados em participar do projeto de recomposição podem obter mudas em um viveiro mantido pelo próprio departamento.

Rio Palmital

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Atenção especial está sendo dada a uma área de cerca de oito mil metros de matas ciliares presentes no rio Palmital, que nasce no município de Tabuara, percorre Paraíso do Norte e deságua no rio Ivaí. "É do Palmital que a Sanepar faz a captação da água que abastece o município de Paraíso. Por isso, temos que realizar um trabalho bastante intenso neste rio."

No local, está sendo incentivada a retirada de pastagens e o plantio de espécies consideradas primárias, como o pau-pólvora, o capixingui e a sangra d?água. Nas margens direita e esquerda, foram criados reservatórios de 100 mil litros de água para utilização do gado, evitando que os animais bebam diretamente no rio.

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