O prazo previsto pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) para a reconstrução da ponte sobre a Represa Capivari-Cachoeira, na Rodovia Régis Bitencourt (BR-116), termina amanhã. Mas as obras ainda nem foram iniciadas. A ponte, que fica no quilômetro 42 da via, no município de Campina Grande do Sul, caiu no final da noite de 25 de janeiro, causando a morte de um motorista.
A rodovia continua parcialmente interditada no trecho. O trânsito foi desviado para a ponte remanescente e flui em mão dupla. No dia seguinte à queda, o Dnit do Paraná anunciou a contratação de obras emergenciais, com dispensa de licitação, para recuperar a ponte em seis meses. O prazo emergencial acaba no domingo. No início da próxima semana, o órgão promete fazer um balanço das obras de contenção do barranco e dos procedimentos para a reconstrução da ponte.
Até agora, as obras realizadas no local tiveram apenas a finalidade de conter um princípio de deslizamento na cabeceira da segunda ponte. Também foi feita a retirada de cerca de 70 metros de lajes que tinham caído na represa. Conforme a assessoria, não foi possível, no prazo emergencial, iniciar a recuperação da estrutura. Os serviços terão, agora, de passar por licitação. O projeto está em fase final de aprovação no Ministério dos Transportes, em Brasília, e o órgão não definiu um prazo para o início ou para a conclusão da obra.
No mês passado, em entrevista a O Estado, o coordenador e engenheiro do Dnit, Celso Fernandes Ribeiro, afirmou que caso o processo de edital e licitação transcorra rapidamente, a reconstrução da ponte sobre o Capivari deve começar ainda no final de 2005 ou no início de 2006. ?Essa é uma previsão otimista devido à emergência da obra?, declarou na ocasião. Depois de iniciada a obra, a conclusão deve levar entre 10 e 12 meses.
Tráfego
De acordo com o Dnit, o tráfego está normal no trecho transformado em pista simples. Apenas nos horários de pico é verificada alguma lentidão. Já no lado paulista da rodovia, em São Paulo, será concluída dentro do prazo previsto – em setembro deste ano – a recuperação da ponte sobre o Rio São Lourencinho, no quilômetro 366, interditada parcialmente por causa de avarias na estrutura.
De acordo com o Dnit paulista, foi concluída a recuperação da faixa sul, ou seja no sentido São Paulo – Curitiba. As obras prosseguem na faixa norte, que permanece interditada. Os veículos estão passando em comboio, numa fila única, pelo local. O tráfego é controlado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Já as obras de duplicação de cerca de 30 quilômetros da Régis, no trecho que transpõe a Serra do Cafezal, só devem ser iniciadas depois de 2006. É quando deve ser concluído o processo de concessão da rodovia à iniciativa privada. A concessionária vencedora da licitação vai assumir a duplicação.