Reclamações sobre compras em sites sobem 46,7%

O leitor Adalberto Dias pagou caro por ter confiado numa empresa de vendas que encontrou na internet. O sonho de conquistar sua máquina fotográfica virou pesadelo. Ele conta que no dia 11 do mês passado fez compra pelo site de produtos eletrônicos www.andeletro.com.br. Depois que já tinha efetuado o pagamento, descobriu que se tratava de empresa fantasma.

A equipe do Paraná Online tentou acessar o endereço, mas já está fora do ar. “Servirá de motivação para eu nunca mais comprar um alfinete sequer na rede”, reclama.

No ano passado, o Procon-PR registrou 2.664 casos relacionados ao comércio eletrônico. Isso significa crescimento de 46,7% ou 849 atendimentos a mais do que em 2011, quando foram registrados 1.815 casos.

A responsável pelo setor jurídico do órgão público, Cila de Fátima Mendes dos Santos, avalia que o aumento se deu porque os consumidores têm procurado cada vez mais esse tipo de comércio pela praticidade e por causa das promoções, mas as empresas não estão preparadas para atender a demanda.

Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostram que as vendas virtuais no País tiveram alta de 29%, totalizando R$ 24,1 bilhões.
Segurança

Cila orienta o consumidor que verifique a existência do cadeado no endereço eletrônico ou do protocolo de segurança https. “Já é uma segurança a mais para evitar o golpe.” Além disso, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor para saber se a empresa é idônea, se tem reclamações ou não. Ela lembra que o fato de a empresa já ser conhecida não garante que não haverá problema.

Perigo no preço muito mais barato

O delegado titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil, Demetrius Gonzaga de Oliveira, alerta para que o consumidor desconfie quando o preço é muito vantajoso, fora do praticado no mercado, ainda mais se a empresa não for muito tradicional. “Nesses casos, a probabilidade de cair no golpe é muito maior.”

Segundo o delegado, muitos criminosos usam dados de pessoas que cadastraram currículos na internet para abrir comércio na Junta Comercial. O policial, inclusive, tem conhecimento do site citado pelo leitor e

confirma outros casos envolvendo a mesma empresa. “O estelionatário falsifica os documentos e cria a empresa fantasma da noite pro dia. É supercomplicado rastrear esses criminosos porque podem fazer tudo isso de qualquer lugar do mundo”, comenta.

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