Servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reclamam das condições de trabalho. De acordo com a Associação dos Servidores do Incra (Assincra-PR), o número de profissionais está reduzido, enquanto as atribuições só aumentam. Os problemas foram denunciados ontem em ofício protocolado no Ministério Público Federal pelos servidores paranaenses.
O diretor da Assincra, João Wagner Gomes da Silva, recorre aos números para representar a dimensão do problema. De acordo com ele, em 1985, 9,7 mil servidores atendiam 67 projetos de assentamentos em todo o País. Atualmente são 5,5 mil servidores que prestam atendimento a mais de um milhão de famílias assentadas em 8,7 mil projetos. No Paraná 20 mil famílias assentadas são atendidas por cerca de 40 servidores do Incra. “Temos acúmulo de atribuições. Junto com a precariedade tem a redução do custeio do governo fez, que aumentou o investimento, mas diminuiu o recurso para a execução dos projetos”, reclama Silva. A falta de servidores estaria afetando o Incra desde 2004 e a previsão da associação é que até 2017 mais de dois mil profissionais se aposentem.