A Receita Federal decidiu queimar 250 quilos de cabelo humano contrabandeados da Índia, que foram apreendidos pela Polícia Federal. O material, que foi encontrado com três homens – dois uruguaios e um brasileiro – no mês de março, em um hotel central de Curitiba, está no depósito de mercadorias apreendidas da Receita.
Ao contrário de outros materiais frutos de contrabando, e que normalmente vão para leilão, os cabelos não têm procedência correta e pouca qualidade.
O inspetor da Receita Federal em Curitiba, Arlindo Guerro, informou que por essas características o cabelo não oferece nenhuma garantia para a saúde pública, e por isso não poderá ser reaproveitado. Ele não soube informar a data que o material será destruído, porém disse que essa foi a primeira grande apreensão desse tipo de mercadoria no Estado. ?Em todos os anos de trabalho na Recita, nunca vi a apreensão de um volume tão grande desse material no Paraná?, comentou.
O contrabando do cabelo foi descoberto por acaso. No dia 12 de março, por volta das 9h, os dois uruguaios estacionaram um carro em frente ao hotel Estrela do Sul, onde o brasileiro já estava hospedado.
Momentos depois os três homens começaram a transportar as caixas do veículo para o quarto do brasileiro. Porém a movimentação chamou a atenção de policiais federais que estavam hospedados no mesmo local. Ao serem abordados, os homens não apresentaram nenhuma documentação fiscal ou autorização sanitária do produto.
Segundo levantamentos da PF, o cabelo teria vindo do Uruguai, via Santana do Livramento (RS), até Curitiba, onde passaria por um processo de lavagem e pintura, agregando com isso alto valor comercial. Os três homens foram presos em flagrante e encaminhados a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.