Receita reduz fiscalização na Ponte da Amizade

O tráfego e a fiscalização na Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai, foram normalizados hoje, um dia depois do tumulto que deixou algumas pessoas feridas e cinco presas, acusadas de danos ao patrimônio público e resistência à autoridade policial. Sacoleiros descontentes com a intensidade da fiscalização enfrentaram a polícia. Hoje a Receita Federal voltou a fazer o trabalho de fiscalização por amostragem. 

Os órgãos que participam da força-tarefa de combate ao contrabando na região de fronteira – Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil – se reuniram pela manhã. Segundo o delegado da Polícia Federal, Joaquim Mesquita, a reunião é rotineira. 

Para Mesquita, a atuação dos policiais no tumulto desta terça-feira foi ?irrepreensível? no resguardo da integridade física dos servidores e na preservação do patrimônio público. Hoje uma funcionária da Receita Federal em Foz do Iguaçu disse que provavelmente seria distribuída uma nota sobre os acontecimentos do dia anterior e o resultado da reunião da manhã  mas isso não aconteceu. Os funcionários disseram que o delegado Mauro de Brito não estava no órgão. 

As informações são de que as operações de fiscalização de sacoleiros que viajam ao Paraguai, sobretudo em vésperas de datas festivas como o Dia da Criança, para fazer compras, vão continuar, mas serão mais bem planejadas, principalmente com órgãos de segurança para evitar novos tumultos.

?É óbvio que nenhum órgão de fiscalização, nenhuma autoridade deseja que tumultos aconteçam?, disse Mesquita. ?Mas é evidente que não podemos aceitar que os órgãos de fiscalização não consigam cumprir suas obrigações.? Ele reafirmou que a PF estará presente sempre que solicitada para evitar manifestações desordeiras e violentas. ?A ação da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal é absolutamente legítima e dentro da lei?, disse.

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