Receita destrói relógios vindos do Paraguai

A Inspetoria da Receita Federal (RF) em Curitiba, com o apoio da Prefeitura, destruiu ontem 99,5 mil relógios trazidos de Ciudad del Este, no Paraguai, que entraram no Brasil por vias ilegais, sem pagamento dos tributos devidos. A destruição aconteceu no estacionamento do terminal de ônibus do bairro Boqueirão e reuniu muitos curiosos. A destruição foi realizada com de um rolo compressor e os resíduos foram levados para a reciclagem.

Os relógios – falsificações de marcas famosas como Rolex, Omega, Oriente, Swatch, entre outras – foram apreendidos entre Curitiba e Foz do Iguaçu nas rodovias do estado, principalmente na BR-277, entre os meses de janeiro e outubro deste ano. ?Eram produtos falsificados ou que imitavam as marcas. Não podiam ser destinados à doação por serem de baixíssima qualidade e imitações de marcas?, conta o inspetor da Receita em Curitiba, Arlindo Luiz Guerro.

De acordo com o inspetor, caso os relógios não tivessem sido apreendidos, seriam levados para comercialização por autônomos, em camelódromos e mesmo lojas. ?O valor de toda a mercadoria é de cerca de R$ 1 milhão. Se ela fosse colocada à venda no mercado por atravessadores, renderia mais ou menos R$ 1,5 milhão. Com ela, deixaram de ser arrecadados em impostos aproximadamente R$ 400 mil.?

Segundo Guerro, os relógios destruídos estavam armazenados apenas na Inspetoria de Curitiba. ?Existem muitos outros em Foz, mas cada unidade faz esse tipo de ação de acordo com sua necessidade. Por lá, para se ter idéia, é feita destruição de cigarros quase todos os dias?, revela.

Apreensões

De janeiro a outubro de 2006, no Paraná e em Santa Catarina, a Receita Federal já apreendeu 276,7 milhões de mercadorias, como eletrodomésticos, artigos eletrônicos, tênis, DVDs, CDs, entre outras coisas. Já foram doados a órgãos públicos produtos no valor de R$ 49,7 milhões, e a entidades beneficentes e filantrópicas, cerca de R$ 37,7 milhões.

Foram destruídas, incluindo os relógios de ontem, mercadorias que chegam ao valor total de R$ 42 milhões (a maioria cigarros e produtos falsificados, como os relógios, brinquedos de marcas variadas e produtos que trazem prejuízos para meio ambiente ou para a saúde). ?Este ano, apenas em relógios, aumentamos as apreensões em aproximadamente 50% em comparação com o ano passado?, conta o inspetor. Segundo ele, o fato se deve ao recrudescimento da fiscalização. 

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