Realeza levanta o público e fatura o tri

A Acadêmicos da Realeza é tricampeã do carnaval curitibano. Com o enredo A Realeza nas Ondas do Rádio, a escola atingiu 175 pontos deixando a Mocidade Azul em segundo, a Embaixadores da Alegria (penalizada com a perda de pontos por ter desfilado com menos integrantes e carros alegóricos que o mínimo permitido pelo regulamento), em terceiro, e a Colombo em quarto. Com fantasias e alegorias luxuosas, uma comissão de frente competente e um casal de mestre-sala e porta-bandeira altamente entrosados, a Realeza não errou e arrancou 14 notas dez. Questões técnicas à parte, foi o samba-enredo de refrão forte e a paradinha da bateria que levantaram o público na Cândido de Abreu.

Como em toda decisão apertada, houve recalamação de alguns integrantes da Mocidade. Nada, porém, que lembre a confusão do ano passado, quando a Comissão de Carnaval levou quase duas semanas para apresentar o resultado oficial. Segundo o fundador e diretor da Realeza, Paulo Roberto Scheunemall, foram as próprias escolas que escolheram os jurados. “A Fundação Cultural deixou isso na nossa mão. Todos escolheram os jurados e assinaram o regulmento. Não há porque reclamar”, explicou.

Segundo a Comissão de Carnaval da Fundação Cultural de Curitiba, mais de 20 mil pessoas assitiram aos desfiles na noite de sábado.

Emoção

São menos de 45 minutos naquele que é considerado ? pelos próprios curitibanos diga-se de passagem – um dos piores carnavais do País. Para quem se apresentou na avenida Cândido de Abreu, sábado, esses 45 minutos contrariam os comentários mal-humorados e autofágicos de quem acha que o curitibano tem de se acotovelar na praia, fugir para o mato ou torrar as economias na Marquês de Sapucaí para cair na folia. Mônica Covelo, madrinha da bateria da Unidos de Colombo, desfilou pela primeira vez na avenida. Para ela, pouco importou que sua escola se apresentou com menos integrantes que o permitido, que teve dificuldades na evolução e que não tinha fantasias assim tão glamourosas ? fatores que deixaram a Colombo na última colocação do grupo especial.

Mônica, que virou madrinha da bateria por acaso, quando foi procurar uma prima na quadra da escola e encantou os integrantes da Colombo, achou tudo dez. A curitibana e seus “afilhados” da bateria, todos de sorriso no rosto ao ver os gracejos da madrinha, eram o exemplo de que Carnaval em Curitiba existe sim. Ali perto, no Centro Cívico.

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