Clientes de bares e restaurantes reclamam do preço elevado das cervejas. Comerciantes afirmam que as fábricas estão anunciando o produto com aumento e terão que repassar aos consumidores. Mesmo assim, informam que as vendas não caíram com os novos valores. A explicação é que frequentadores escolhem a bebida pelo preço, mas continuam consumindo a mesma quantidade.

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Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar), Fábio Aguayo, alguns empresários querem repassar o aumento antes de comprar com novos valores. Ele diz que o ICMS do Estado é um dos maiores do País e “se o preço sobe no cardápio, aumenta também a tributação”. Aguayo afirma que o momento é de dificuldades, com reajustes salariais da categoria. A reivindicação dos funcionários das casas noturnas é de 22%. “A data-base está marcada para outubro e novos aumentos podem aparecer. Ele reclama que os preços elevados favorecem o contrabando e o número de produtos trazidos de maneira irregular dos países vizinhos é cada vez maior.

Impacto

De acordo com Valentino Low, responsável pelas compras de estabelecimento no Centro, as fábricas já haviam repassado aumento de 7% e agora o índice chega a 18,6%. Segundo ele, os comerciantes não conseguem manter o preço e os clientes vão sentir o impacto a partir de agora.

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Em outro estabelecimento, o gerente, que não quis se identificar, afirma que os novos pedidos já terão reajuste no preço. “Fiz o pedido essa semana. As fábricas sabem que o consumidor não deixa de pedir. Eles fazem três reajustes por ano, mas justificam que esse será o único, por isso o valor elevado”. Outro fator citado é a época da subida. “Vai chegando o final do ano, a procura cresce e eles aproveitam para subir os preços”.

Fidelidade

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Luis Fabiano da Luz afirma que, apesar dos valores, não deixa de consumir cerveja, mas confirma que o pedido é feito de acordo com o preço. Normalmente opta pela marca mais barata. Nicolas Santos diz que o público consumidor é fiel. “Não tomo destilados. Mesmo com a cerveja mais cara, tomo menos, mas não troco”.