Reajuste do pedágio ainda sem definição

Continua o impasse sobre o reajuste do pedágio. A decisão sobre as novas tarifas foi parar mais uma vez na justiça. Ontem o diretor da ABCR Regional Paraná, João Chiminazo Neto, disse que o órgão está apelando ao judiciário para que não permita que o DER crie obstáculos para o aumento. Agora os valores só devem ser alterados depois de um pronunciamento da Justiça, o que pode ocorrer até a zero hora de domingo.

Chiminazo afirma que o direito de alterar as planilhas já foi reconhecido, tanto que a justiça anulou a ação impetrada por eles, onde pediam a autorização para o aumento, por entender que as cláusulas do contrato permitiam o reajuste. Ele voltou a afirmar que o DER não cumpriu o prazo estabelecido no contrato para se pronunciar, com o que presume-se que a proposta havia sido aceita. Mas, o governo do Estado não considera o reajuste válido, já que o DER ainda está estudando as planilhas e não homologou as tarifas.

Tanto o Fórum de Defesa dos Usuários das Estradas Pedagiadas quanto o Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) estão a espera de uma posição oficial do governo e da própria ABCR para tomar alguma atitude. Segundo o presidente do Sindicam, Diumar Deléo Cunha Bueno, eles são contra o aumento porque mesmo com a lei do vale pedágio, não há mecanismos suficientes de fiscalização para garantir o benefício. Na nota divulgada ontem pelo Sindicam, eles não deixaram claro se haveria possibilidade de novos bloqueios, como o que ocorreu no início de dezembro na praça de pedágio, em São Luiz do Purunã, que durou quase 12 horas. Apenas destacaram que estão preocupados com esta possibilidade e que o Sindicam defende que o movimento atue dentro da legalidade, sem ferir o direito de terceiros.

Já o coordenador do Fórum, Acir Mezzadri, disse que há uma disposição do órgão em realizar as paralisações, mas isso depende do que vai acontecer nos próximos dias.

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